2006
DOI: 10.1590/s0103-73312006000200007
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Tatuagem, gênero e lógica da diferença

Abstract: Este artigo analisa a lógica das tatuagens dos fisiculturistas e freqüentadores assíduos das academias cariocas de musculação e fitness, destacando o aspecto identitário de tal lógica e sua relação com a questão da diferença e das hierarquias sociais associadas, no estudo, à concepção cosmológica presente no pensamento metafísico ocidental. Tal concepção é confrontada com o perspectivismo ameríndio, no qual a diferença e o devir se apresentam como cerne do cosmos. Palavras-chave:Tatuagem; gênero; fisiculturism… Show more

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“…Ao ter contato com grupos em que a prática da tatuagem é positivamente avaliada, e conhecendo os motivos que levaram as pessoas a tatuarem-se, os participantes reconfiguram seus valores, e agregam traços individuais na escolha da tatuagem (Deschamps & Moliner, 2014). A tatuagem passa a ser uma construção individual e social a medida que expressa uma característica pessoal, mas que o categorize dentro de um quadro socialmente aceito, dando-lhe uma identidade coletiva (Sabino & Luz, 2006).…”
Section: Discussionunclassified
“…Ao ter contato com grupos em que a prática da tatuagem é positivamente avaliada, e conhecendo os motivos que levaram as pessoas a tatuarem-se, os participantes reconfiguram seus valores, e agregam traços individuais na escolha da tatuagem (Deschamps & Moliner, 2014). A tatuagem passa a ser uma construção individual e social a medida que expressa uma característica pessoal, mas que o categorize dentro de um quadro socialmente aceito, dando-lhe uma identidade coletiva (Sabino & Luz, 2006).…”
Section: Discussionunclassified
“…From a legal standpoint, many teenagers have their bodies tattooed without the permission of those responsible, which is also worrying. (Bicca et al, 2013, p. 927) By way of 10 interviews with bodybuilders and regular clients at bodybuilding gyms in the north and south areas of the city of Rio de Janeiro, Sabino and Luz (2006) sought to understand the identitarian logic/rationality that interviewees attribute to their tattoos, comparing it with the logic/rationality of Amerindian perspectivism -an Indigenous concept which, by radicalizing the idea of otherness, establishes a symmetrical encounter between human and inhuman trajectories. Thus, if having a tattoo in bodybuilding gyms means adhering to an identitarian logic, these subjects are above all referred to "hierarchical relations of gender and status" (p. 266), insofar as "difference and asymmetry emerge as evils that need to be fought in the name of a supreme and immutable identity, a pure manifestation of perfection and positivity" (p. 266).…”
Section: Second Axis: the "B Side" Of Tattooingmentioning
confidence: 99%
“…O estudo do comportamento de usar tatuagem e das atitudes frente a esse tipo de modificação corporal vem sendo de interesse de áreas diversas de conhecimento, a exemplo da antropologia (Pérez, 2006;Sabino & Luz, 2006), sociologia (Vail, 1999) e psicologia (Grumet, 1983;Houghton, Durkin, Parry, Turbett, & Odgers, 1996). Entretanto, constata-se que, em termos numéricos, a prevalência dos estudos tem sido notória no âmbito da saúde, em áreas como enfermagem e medicina (Armstrong, 1991;Armstrong, DeBoer, & Cetta, 2008;Armstrong & Murphy, 1997;Lick, Edoize, Woodside, & Conti, 2005;Satchithananda, Walsh, & Schofield, 2001;Shebani, Miles, Simmons, & De Giovanni, 2007).…”
Section: O Uso De Tatuagem Como Objeto De Estudounclassified