1996
DOI: 10.1590/s0103-73311996000100009
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Reprodução: o desafio feminista para uma política social

Abstract: Este trabalho defende a idéia de que os programas estatais do bem-estar social, tanto histórica quanto contemporaneamente, são o resultado de teorias políticas que reforçam freqüentemente as disparidades de gênero, classe e de raça/etnia na sociedade, através da forma com que se referem ou não à reprodução.

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“…Nesse sentido, cada corte de orçamento em políticas sociais ou quando as políticas salariais achatam o poder aquisitivo dos salários, os bens ou serviços antes adquiridos no mercado ou recebidos de serviços públicos, passam a ser produzidos no domicílio pela mulher. O que significa economia para o Tesouro implica em maior sobrecarga de trabalho para as mulheres(SEN 1996 ).A carga das crises econômicas é repartida de modo desigual entre os gêneros.Pode-se também afirmar que são absolutamente insuficientes o apoiO da sociedade ou do próprio companheiro para o exercício da maternidade. Do Estado, a mulher não recebe apoio no sentido de equipamentos urbanos que facilitem sua rotina de trabalhadora e mãe, como por exemplo, creches e serviços sociais e de saúde ágeis, que funcionem em horários compatíveis com seu trabalho assalariado.…”
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“…Nesse sentido, cada corte de orçamento em políticas sociais ou quando as políticas salariais achatam o poder aquisitivo dos salários, os bens ou serviços antes adquiridos no mercado ou recebidos de serviços públicos, passam a ser produzidos no domicílio pela mulher. O que significa economia para o Tesouro implica em maior sobrecarga de trabalho para as mulheres(SEN 1996 ).A carga das crises econômicas é repartida de modo desigual entre os gêneros.Pode-se também afirmar que são absolutamente insuficientes o apoiO da sociedade ou do próprio companheiro para o exercício da maternidade. Do Estado, a mulher não recebe apoio no sentido de equipamentos urbanos que facilitem sua rotina de trabalhadora e mãe, como por exemplo, creches e serviços sociais e de saúde ágeis, que funcionem em horários compatíveis com seu trabalho assalariado.…”
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“…Do Estado, a mulher não recebe apoio no sentido de equipamentos urbanos que facilitem sua rotina de trabalhadora e mãe, como por exemplo, creches e serviços sociais e de saúde ágeis, que funcionem em horários compatíveis com seu trabalho assalariado. Dos companheiros, não recebem ajuda com as tarefas domésticas, por serem estas "femininas" e, portanto, desvalorizadas socialmente.A contracepção, também classificada socialmente na divisão por gêneros como "tarefa feminina", não é assumida pela maioria dos homens(SEN 1996, MINELLA 1998b, RÍOS 1993, SERRUY A, 1992). As entrevistadas deste estudo relataram essa ausência masculina, inclusive no processo de decisão pela esterilização, que se constitui em "decisão solitária da mulher" frente às alternativas de que dispõe.Geralmente, o companheiro é comunicado a respeito dessa decisão e a mulher considera positivo que ele apoie, sem opor obstáculos.…”
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