“…Essa relexão se aproxima do argumento de Smich sobre a construção de uma ideologia da modernidade pela elite política em Moçambique 12 . Utilizada como forma de reivindicação do poder social e legitimação de suas posições frente à sociedade, a modernidade desejada e conquistada por essa elite permite que ela se diferencie do restante da população, ou seja, "a ideologia de modernidade da elite baseia-se em ideias de igualdade com o mundo exterior, das quais retira legitimidade, mas constitui também um poderoso instrumento para a criação de desigualdade" (Smich, 2008, p. 321 (Costa, 2009;Faria, 2009;Fonseca, 2009;Hirsch, 2009;Mourão, 2009;Subuhana, 2009) teve um sentido bastante particular. Antes mesmo de saírem do país, já haviam construído seu espaço familiar e trabalhavam em esferas do Governo -em grande medida devido à sua dedicação à Frelimo e seu envolvimento no processo de construção da nação moçambicana.…”