2008
DOI: 10.1590/s0103-73072008000200011
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Desemprego, informalidade e precariedade: a situação do mercado de trabalho no Brasil pós-1990

Abstract: Considerando o desemprego tanto um fenômeno inerente ao processo de acumulação capitalista como uma das conseqüências das opções políticas governamentais, este artigo pretende discorrer sobre o papel do desemprego na definição das atuais estratégias de avanço do capitalismo, bem como refletir sobre o processo de desestruturação do mercado de trabalho e sua pequena inflexão nos anos mais recentes.

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“…Para Mészáros (2005) com o advento das modificações pelo qual o mundo passou nos últimos tempos, o desemprego não se trata apenas da situação dos trabalhadores não qualificados, mas também, de um grande número de trabalhadores altamente qualificados, que agora disputam os escassos, e, cada vez mais raros empregos disponíveis. Santos (2008) ressalta que o desemprego não pode ser assumido como resultado de uma decisão voluntária do trabalhador, haja vista que esse fato relaciona-se ao desequilíbrio entre a oferta e a procura de trabalho. Salienta ainda, que por um lado o desemprego pode ser considerado como inerente ao processo de produção capitalista, o qual tende a substituir, cada vez mais, a mão de obra humana, pela tecnologia, e, por outro lado, pode-se entender esse modelo de avanço tecnológico como um elemento norteador, desse desordenado quadro de desemprego que assola as economias, somado também as decisões políticas que não favorecem a melhora desse cenário.…”
Section: Desempregounclassified
“…Para Mészáros (2005) com o advento das modificações pelo qual o mundo passou nos últimos tempos, o desemprego não se trata apenas da situação dos trabalhadores não qualificados, mas também, de um grande número de trabalhadores altamente qualificados, que agora disputam os escassos, e, cada vez mais raros empregos disponíveis. Santos (2008) ressalta que o desemprego não pode ser assumido como resultado de uma decisão voluntária do trabalhador, haja vista que esse fato relaciona-se ao desequilíbrio entre a oferta e a procura de trabalho. Salienta ainda, que por um lado o desemprego pode ser considerado como inerente ao processo de produção capitalista, o qual tende a substituir, cada vez mais, a mão de obra humana, pela tecnologia, e, por outro lado, pode-se entender esse modelo de avanço tecnológico como um elemento norteador, desse desordenado quadro de desemprego que assola as economias, somado também as decisões políticas que não favorecem a melhora desse cenário.…”
Section: Desempregounclassified
“…O trabalho informal no Brasil intensificou-se a tal ponto a partir da dé-cada de 1990 que, hoje, constitui um traço característico do mercado de trabalho brasileiro e absorve grande parte da população excluída do mercado formal (SANTOS, 2008). Simultaneamente à progressiva desestruturação da formalidade do período de 1940 a 1980, quando a industrialização promoveu a institucionalização das relações e condições de trabalho para os vários segmentos da economia, assistimos a uma reversão da trajetória das ocupações.…”
Section: Introductionunclassified
“…Entre os limites de possibilidades de sobrevivência, encontramos novas formas de ocupação que têm absorvido grande parte da população excedente do mercado formal (SANTOS, 2008). É aí que estão inseridos os catadores de materiais recicláveis que adentram ao cenário urbano catando papel, vidro, latas, entre outros materiais.…”
Section: Introductionunclassified
“…Nota-se, a partir dessa década, o crescimento do desemprego estrutural, o afrouxamento de direitos sociais, as novas formas de contratação e de gerenciamento da força de trabalho mais flexíveis e terceirizadas. No plano ideológico, tais processos passaram a ser considerados como tendências inevitáveis, associadas a novos conceitos como o empreendedorismo, a empregabilidade e a qualificação continuada (Santos, 2008).…”
Section: Capítulo 1 Mercado De Trabalhounclassified