Abstract:A infância constitui uma estrutura social cujas origens remontam às estruturas sociais, políticas e culturais da modernidade. O presente ensaio contextualiza, inicialmente, as principais transformações do último século, analisando as repercussões sobre as condições de vida na infância. A partir desses elementos, aborda os principais problemas da infância na atualidade e sinaliza a emergência de novas perspectivas institucionais no trato desses problemas, com a formação de uma rede social cuja principal caracte… Show more
“…A seguir, traremos o contexto no qual essas ações se inserem. Para atender às necessidades de atenção à infância, sobretudo a partir do século XX, foram criadas ou readaptadas estruturas institucionais, de forma a compor parcerias com as principais instituições sociais estabelecidas até o momento: a escola e a família (FRIZZO;SARRIERA, 2005). Compondo e ampliando a rede de apoio social, caracterizada pela disponibilidade de recursos externos (formais ou informais), uma rede intersetorial ganhou espaço ao frisar reforço às estratégias de enfrentamento das situações cotidianas da vida em diferentes domínios.…”
Section: Extensionistas Em Contextos De Proteção Socialunclassified
“…Ao permitirmos a reflexão de que a família, geralmente alocada em um papel de solução e culpa, não é, sozinha, a instituição responsável pela qualidade de vida dos seus membros (FRIZZO;SARRIERA, 2005), encontramos a oportunidade de promover a escuta e o acolhimento de todos que chegam enquanto demanda. Sob este panorama, como as mesmas autoras enfatizam, passamos a considerar e a promover a integração de uma rede em que as intervenções psicossociais busquem superar as dificuldades de um trabalho interdisciplinar e interinstitucional.…”
Section: A Orientação a Pais E Familiares Como Um Recurso Sistêmico De Intervençãounclassified
Esta coletânea apresenta Projetos de Extensão universitária comprometidos com os direitos humanos e a justiça social, por meio de trabalhos voltados para crianças, adolescentes e jovens. São relatos de experiências exitosas em três campos que representam desafios significativos para boas práticas: socioeducação, educação e proteção social. Busca-se dar visibilidade à boa qualidade das intervenções realizadas pelos Projetos de Extensão universitária, que cumprem um papel fundamental no campo das políticas públicas brasileiras, desejando que sejam inspiradores para outros projetos.
“…A seguir, traremos o contexto no qual essas ações se inserem. Para atender às necessidades de atenção à infância, sobretudo a partir do século XX, foram criadas ou readaptadas estruturas institucionais, de forma a compor parcerias com as principais instituições sociais estabelecidas até o momento: a escola e a família (FRIZZO;SARRIERA, 2005). Compondo e ampliando a rede de apoio social, caracterizada pela disponibilidade de recursos externos (formais ou informais), uma rede intersetorial ganhou espaço ao frisar reforço às estratégias de enfrentamento das situações cotidianas da vida em diferentes domínios.…”
Section: Extensionistas Em Contextos De Proteção Socialunclassified
“…Ao permitirmos a reflexão de que a família, geralmente alocada em um papel de solução e culpa, não é, sozinha, a instituição responsável pela qualidade de vida dos seus membros (FRIZZO;SARRIERA, 2005), encontramos a oportunidade de promover a escuta e o acolhimento de todos que chegam enquanto demanda. Sob este panorama, como as mesmas autoras enfatizam, passamos a considerar e a promover a integração de uma rede em que as intervenções psicossociais busquem superar as dificuldades de um trabalho interdisciplinar e interinstitucional.…”
Section: A Orientação a Pais E Familiares Como Um Recurso Sistêmico De Intervençãounclassified
Esta coletânea apresenta Projetos de Extensão universitária comprometidos com os direitos humanos e a justiça social, por meio de trabalhos voltados para crianças, adolescentes e jovens. São relatos de experiências exitosas em três campos que representam desafios significativos para boas práticas: socioeducação, educação e proteção social. Busca-se dar visibilidade à boa qualidade das intervenções realizadas pelos Projetos de Extensão universitária, que cumprem um papel fundamental no campo das políticas públicas brasileiras, desejando que sejam inspiradores para outros projetos.
“…É por meio do trabalho em rede que as famílias acessam seus direitos, o que reforça a necessidade de que haja uma comunicação e articulação institucional efetiva (Deslandes & Campos, 2015 Netto (2007) como "questão social". Nessa perspectiva, o CT deve ser compreendido como um órgão de atuação comunitária que deve promover a cidadania e o desenvolvimento local (Frizzo & Sarriera, 2005).…”
Section: Conselho Tutelar: Origem Definição E Atribuiçõesunclassified
O objetivo deste ensaio teórico é sugerir diretrizes para a atuação de psicólogos no Conselho Tutelar (CT). Sua escrita encontra-se motivada pelo entendimento de que a inserção da psicologia no CT ocorre recorrentemente por meio de práticas que desconfiguram o CT como órgão autônomo de função político-administrativa. Os psicólogos inseridos no CT não devem, assim, se ocupar de serviços periciais e socioassistenciais ausentes ou precários no município, mas exercer funções que vão subsidiar as ações executadas pelos conselheiros tutelares. São apresentadas três possíveis atribuições nesses contextos: 1) capacitação e formação continuada a conselheiros tutelares; 2) supervisão técnica à delegação de medidas protetivas e encaminhamentos jurídicos; e 3) apoio técnico às atividades de caráter preventivo, de fiscalização e de cobrança. Sugere-se que a implementação de equipes multidisciplinares destinadas a assessorar o CT em suas funções deva ser regulamentada em nível federal.
“…Na rede de proteção voltada à criança e ao adolescente, o Conselho Tutelar exerce uma função paradigmática, pois não oferece assistência e não executa nenhum programa, mas compete a ele tomar providências para que os direitos desses indivíduos sejam atendidos, zelando pelas condições de vida dos mesmos (Frizzo & Sarriera, 2005). Nesse sentido, o Conselho Tutelar é compreendido por alguns estudiosos da temática como a "polícia das famílias" (Donzelot, 1980).…”
Atuação dos conselheiros tutelares nos casos de entrega de um filho para adoção Role of tutelary counselors in cases of delivery of a child for adoption Suane Pastoriza Faraj (orcid.org/0000-0002-8013-0213) 1Mariana Peripolli Antoniazzi (orcid.org/0000-0002-4538-9406) 2Aline Cardoso Siqueira (orcid.org/0000-0003-1430-9722) 3
ResumoEste estudo objetivou conhecer a atuação de conselheiros tutelares nos casos de entrega voluntária para adoção. Sete conselheiros tutelares de um município do Rio Grande do Sul responderam a uma entrevista individual. Dentre os resultados, encontrou-se que as mulheres doadoras vivenciavam situação de vulnerabilidade social, como dificuldades econômicas, ausência de apoio familiar e do pai da criança. A atuação dos conselheiros diante dos casos de entrega consistiu em escutar e orientar as mulheres. Também buscaram garantir o acompanhamento psicológico e social da mulher e da criança a partir da articulação de recursos disponíveis no município. Nesse ponto, constatou-se a busca da mulher pelo anonimato traduzida na sua recusa pelo acompanhamento psicológico, o que poderia levar ao seu isolamento e à vivência de sofrimento sem apoio. Esta pesquisa ainda suscitou a discussão acerca da necessidade de um serviço especializado articulado às maternidades.
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