Resumo Este texto emerge de reflexões construídas a partir de disciplinas cursadas no âmbito de dois programas de pós-graduação da Universidade de Brasília (UnB). À luz da psicanálise, pretende-se refletir sobre a escrita e seus possíveis efeitos sobre o sujeito que escreve. Para tanto, os diálogos contornam as complexas relações entre escrita-inconsciente, escrita-prazer-sofrimento, escrita-incompletude, escrita-fantasia-elaboração. A aposta é que a escrita de si, além de possível ferramenta de mediação analítica, pode configurar-se como dispositivo autoformativo e de pesquisa. Neste sentido, apresenta-se a Memória Educativa como um singular dispositivo de pesquisa e de mediação pedagógica em processos formativos com professores. Assim, pensa-se que tanto na escuta do sujeito quanto nas histórias em forma de narrativas escritas o inconsciente como um saber falado pode comparecer e ser “lido” nas entrelinhas da palavra dita e escrita para além do texto manifesto.