A composição deste tema vem em gestação encoberta, desde as primeiras reflexões que me tocaram, à medida que a preocupação com o ato de escrever vai se tornando arte; vai se deixando ver nos embates de refinada interlocução, ao orientar os trabalhos de pesquisa de mestrado e de doutorado, e toma corpo na concretude deste material que ora se articula na forma de um livro.De início, situando-se mais no campo da intuição do que propriamente fundamentada teoricamente, a inter-relação entre o ato de ler e o do escrever parecia, de modo insistente, jogar seus tentáculos para assegurar, de algum modo, um percurso de formação; de formação acadêmica, intelectual, cultural, profissional; para orientandas e orientadora. Não demorou muito a aparecer a proposta para que, ao longo do percurso de suas pesquisas, as autoras de cada texto se posicionassem em primeira pessoa, como uma forma possível de articularem suas reflexões a respeito do objeto de estudo eleito.Com o andar das letras escritas, das reflexões que se abriam em possibilidades compartilhadas, porque passíveis de serem lidas, por outros, por tantos outros, fomos percebendo que escrever, e ser, na primeira pessoa, não era imperativo, criava espaços contundentes de projeções, de entrelaçamentos que abarcavam as intensas É a intenção, neste texto, transitar por entrelaçamentos da leitura e da escrita como espaços prenhes e plenos, às vezes, pincelados, às vezes, incursionados, nos quais sujeitos, da leitura e da escrita, deixam marcas de um modo subjetivo de ser; essas marcas dão a ver alguns elementos que remetem a aportes autobiográficos 2 .