2003
DOI: 10.1590/s0103-65642003000100004
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Abstract: O objetivo deste ensaio é refletir sobre o uso das variadas modalidades de narrativas de si nos estudos da subjetividade. O escrito autobiográfico é privilegiado como espaço de construção subjetiva. Teóricos como Lejeune, Gusdorf, Miraux e Howarth são convocados à discussão sobre questões conceituais e metodológicas ligadas às vicissitudes das histórias de vida. Com essa finalidade, discorrer-se-á sobre alguns aspectos da delimitação do campo (auto)biográfico, especialmente no que tange a sua contextualização … Show more

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“…Muitos estudos qualitativos vêm sendo conduzidos fazendo uso de narrativas (ameigeiras, 2009;Calvasina et al, 2007;Campos & Cury, 2009;Campos & Furtado, 2008;dreyer & Pedersen, 2008;dutra, 2002;Granato, Russo, & aiello-Vaisberg, 2009;Meleiro & Gualda, 2004;Miller, 2000;Rocha-Coutinho, 2005;Silva & trentini, 2002;tachibana & aiello-Vaisberg, 2007;teixeira, 2003, dentre outros), partindo de pensadores criativos como Benjamin (1936/1992), Politzer (1928) e Ricoeur (1999a/1999b, segundo percursos teórico-metodológicos próprios, cujos resultados apontam para a potencialidade do uso desse procedimento na pesquisa, seja ela linguística, sociológica, fenomenológica, antropológica ou psicanalítica.…”
Section: Introductionunclassified
“…Muitos estudos qualitativos vêm sendo conduzidos fazendo uso de narrativas (ameigeiras, 2009;Calvasina et al, 2007;Campos & Cury, 2009;Campos & Furtado, 2008;dreyer & Pedersen, 2008;dutra, 2002;Granato, Russo, & aiello-Vaisberg, 2009;Meleiro & Gualda, 2004;Miller, 2000;Rocha-Coutinho, 2005;Silva & trentini, 2002;tachibana & aiello-Vaisberg, 2007;teixeira, 2003, dentre outros), partindo de pensadores criativos como Benjamin (1936/1992), Politzer (1928) e Ricoeur (1999a/1999b, segundo percursos teórico-metodológicos próprios, cujos resultados apontam para a potencialidade do uso desse procedimento na pesquisa, seja ela linguística, sociológica, fenomenológica, antropológica ou psicanalítica.…”
Section: Introductionunclassified
“…O presente estudo tem por objetivo refletir sobre a pertinência da aula como estratégia para professores desenvolverem a aprendizagem dos alunos, desenvolvido a partir do percurso do autor enquanto sujeito de processo educativo marcado por contradições e buscas, na pretensão de refletir sobre os principais caminhos para a formação do professor, a partir de suas experiências no papel de estudante. A reconstituição da história de vida é vista como transformadora e reconstituinte do sujeito, podendo servir para ressignificar suas experiências, saindo da posição de alienação frente à História para assumir como agente de sua vida e da coletividade 4 . Sinalizam, para isso, os maiores diferenciais que permitiram um posicionamento sobre como alcançar a missão de fazer de cada momento um mecanismo no qual a aprendizagem seja decorrente da responsabilidade da construção de um mundo mais igualitário, a partir da ação reflexiva como mecanismo de aproximação natural entre professores e estudantes, sem necessariamente uma relação hierárquica claramente marcada por esta dimensão.…”
Section: Reflexões Preliminaresunclassified
“…O contexto sócio-histórico em que se insere uma autobiografia é integrante desta, seja pela inserção de citações, nomes, acontecimentos históricos narrados, seja pela própria linguagem empregada, enfim, diferentes elementos com os quais o eu se defronta, por vezes, se confronta e se situa. Esse situar-se, contudo, não consiste numa fixação, mas num trabalho de criação, que tem a característica do inacabamento, referida por Lejeune (1975), citado por Teixeira (2003): "A autobiografia sempre poderia ser continuada, o autor-personagem poderia refazer a narrativa, permanecendo o texto o autobiográfico em aberto e possibilitando ao leitor, depois, um espaço para identificar-se ou projetar-se, tornando-se assim coautor da obra lida". Em obra posterior, Lejeune (1980), ainda segundo Teixeira (2003), o autor amplia essa ideia e insere a figura de vários "eus", que escrevem uma autobiografia, uma vez que o fazer autobiográfico comporta o ato de recordar o passado no presente: nele o autobiógrafo imagina a existência de outra pessoa, de outro mundo, que não é o mesmo mundo que o mundo passado, o qual, por mais que desejemos, não pode existir no presente (Loureiro, 1991).…”
Section: Contornos Da Escrita Autobiográficaunclassified
“…Esse situar-se, contudo, não consiste numa fixação, mas num trabalho de criação, que tem a característica do inacabamento, referida por Lejeune (1975), citado por Teixeira (2003): "A autobiografia sempre poderia ser continuada, o autor-personagem poderia refazer a narrativa, permanecendo o texto o autobiográfico em aberto e possibilitando ao leitor, depois, um espaço para identificar-se ou projetar-se, tornando-se assim coautor da obra lida". Em obra posterior, Lejeune (1980), ainda segundo Teixeira (2003), o autor amplia essa ideia e insere a figura de vários "eus", que escrevem uma autobiografia, uma vez que o fazer autobiográfico comporta o ato de recordar o passado no presente: nele o autobiógrafo imagina a existência de outra pessoa, de outro mundo, que não é o mesmo mundo que o mundo passado, o qual, por mais que desejemos, não pode existir no presente (Loureiro, 1991). O que o narrador faz, antes, é criar, dando ao texto auto/biográfico um "eixo", um enquadramento para as memórias que serão incluídas na biografia, já que não é possível narrar a totalidade de uma vida.…”
Section: Contornos Da Escrita Autobiográficaunclassified