Os efeitos da desativação dos pontos-gatilho miofasciais, da mobilização articular e do exercício de estabilização cervical em uma paciente com disfunção temporomandibular: um estudo de caso

Abstract

INTRODUÇÃO: A disfunção temporomandibular (DTM) pode alterar o equilíbrio dinâmico das estruturas, levando a uma série de sinais e sintomas característicos dessa disfunção, sendo a dor a principal delas. A DTM acomete grande parte da população mundial, o que torna essencial o desenvolvimento de técnicas terapêuticas para seu tratamento. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi verificar a eficácia do tratamento fisioterapêutico em uma paciente com DTM. MATERIAIS E MÉTODOS: Pesquisa experimental, um relato de caso com uma paciente com disfunção temporomandibular, tratamento fisioterapêutico com técnicas de desativação de pontos-gatilho, mobilização articular, estabilização segmentar e exercícios funcionais, sendo realizados duas vezes por semana, com duração de 30 minutos, durante oito semanas. RESULTADOS: A paciente apresentou melhora na dor, na função muscular, na amplitude de movimento e na postura. Portanto, podemos concluir que a intervenção fisioterapêutica tem grandes chances de melhorar o quadro clínico da DTM, juntamente com outras áreas, por ser uma patologia multifatorial.

Atuação fonoaudiológica em disfunção temporomandibular em dois casos: análise comparativa dos efeitos da terapia tradicional e o uso da bandagem terapêutica associada

“…com a Academia Americana de Dor Orofacial, que aponta uma prevalência de DTM entre a segunda e quarta década de vida 2,11,18,19 . Com relação aos sintomas das DTMs investigados pelo questionário de anamnese desenvolvido pelos autores, estudos relatam que os mais frequentemente encontrados são a cefaleia 10,20 , os sintomas otológicos 11 , o ruído articular e limitação de amplitude de movimentos articulares 6,9,17 . Estes achados da literatura concordam com o quadro inicial de sintomas apresentado pelos pacientes do estudo.…”

“…Na atualidade, não há um consenso de qual terapia é a ideal para o tratamento de DTM, todas as abordagens indicam casos de sucesso e casos onde não houve melhora significativa (11,20,21,22) . Em estudo da literatura, os autores utilizaram--se de lazer, desativação dos pontos gatilhos de dor e exercícios funcionais de ATM em sujeitos com DTMs, com resultado de redução significativa do quadro álgico, também mensurado pelo EVA, com otimização dos movimentos funcionais mandibulares, que atingiram a normalidade após a terapia 20 . Em revisão de literatura sobre os efeitos de tratamentos convencionais e toxina botulínica em DTM, os autores concluíram que esta última não se mostrou mais eficaz que as outras abordagens na diminuição da dor 21 .…”

A terapia manual como método de tratamento nas disfunções craniomandibulares

“…A articulação temporomandibular está em constante movimento, realizando 2.000 movimentos ao dia, sendo a articulação mais usada do corpo e com maior probabilidade de sofrer disfunções. Essa articulação não foi feita para suportar carga e é parte constituinte do sistema estomatognático, que inclui as bases ósseas do crânio, dentes, periodontos, músculos, ligamentos, sistema neurológico e vascular da região orofacial e cervical [3].…”

“…As alterações articulares e musculares da região crânio--orofacial podem desencadear sinais e sintomas como dores na região da ATM, cefaleia, dor nos músculos mastigatórios, limitação funcional, cansaço, dor durante a abertura bucal, zumbidos, otalgia, tonturas, ruídos mandibulares, sensibilidade à palpação na musculatura mastigatória e cervical, desvios nos movimentos da mandíbula e dor retroauricular [1][2][3][4][5][6].…”

“…Essas estruturas são consideradas pouco tolerantes, caracterizando os lugares do início do colapso. Deste modo, a sensibilidade associada à dor aumenta, resultando em limitação dos movimentos mandibulares devido à hiperatividade muscular, ocasionando restrição do fluxo sanguíneo normal aos tecidos, gerando acúmulo de metabólitos nas células dos tecidos musculares e levando o indivíduo a um estado de espasmo, fadiga e dor [3,4].…”