Editorial

Abstract

O custo pessoal, social e econômico das disfunções cinético-funcionais são cada vez mais altos e cabe ao fisioterapeuta como profissional de saúde a responsabilidade de diagnosticar, prevenir e intervir de modo a evitar a cronificação dessas disfunções. As disfunções crônicas são fortemente determinadas pelo contexto social e cultural de cada país, fazendo da doença um fenômeno construído socialmente. É preciso então buscar em meio à imensa diversidade cultural de nosso país o caminho do entendimento e do conhecimento com bases teórico-metodológicas sustentáveis e evidências clínicas realistas, para que ocorra a remissão de sintomas e a reabilitação do indivíduo para uma vida plena. Belas palavras sem dúvida, mas nós, que labutamos nas clínicas, hospitais e consultórios, sabemos quão grande é o desafio nelas embutido. Os caminhos seguros para o enfrentamento destes desafios são, como sempre, o fortalecimento de trabalho em equipe, grupos de estudos para troca de experiências, aprimoramento das abordagens diagnósticas e terapêuticas com base em evidências clínicas e participação em eventos que tenham como principal meta a discussão e troca de experiências pautadas em boas práticas. A leitura de artigos científicos é de grande auxílio, e nesse sentido o papel das revistas é fundamental, pois, mesmo quando não se atinge a perfeição em uma publicação, a exposição de uma experiência perante uma comunidade científica, além de ser um ato de coragem, sempre irá favorecer uma discussão construtiva e redirecionar os próximos estudos. Nesta edição como sempre temos uma amostra do que tem povoado o pensamento e as abordagens dos fisioterapeutas. Os temas contemplam três revisões de literatura, uma proposta de protocolo terapêutico e onze artigos originais nas áreas de Gerontologia, Pediatria, Fisioterapia desportiva, Fisioterapia musculoesquelética e Fisioterapia neurofuncional, aqui representada por oito artigos. Chama-se a atenção para a visibilidade desta última área em nossos dias, sobretudo pela tendência a gerar condições crônicas que impactam sobremaneira em nosso contexto socioeconômico cultural que não pode ser ignorado por fisioterapeutas e seus representantes oficiais. Aproveitamos a oportunidade para comunicar que a partir de abril já estaremos com submissões de artigos liberadas. Foi necessário interrompê-las por causa da reestruturação do sistema e enorme número de artigos aguardando análise de nossos pareceristas. Também informamos que os doutores que queiram encaminhar sua candidatura ao nosso corpo de pareceristas ad hoc poderão fazêlo por correio eletrônico. Uma boa leitura a todos!