2014
DOI: 10.1590/s0103-49792014000300010
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O luto no Brasil no final do século XX

Abstract: Este artigo tem por objetivo contribuir para a compreensão das mudanças comportamentais da população brasileira urbana frente ao fenômeno do luto e da perda. É resultado de um grande mapeamento do comportamento do homem brasileiro, de segmentos médios urbanos, e das mudanças experienciadas na sua sensibilidade, no decorrer da segunda metade da última década do século XX, tendo o processo de luto e da perda como mote analítico.

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“…O sofrimento do luto também representou a busca por recursos de apoio social por meio do uso de terapias psicológicas e/ou espirituais, amigos, trabalho e/ou estudo. Assim, nas histórias 1, 10 e 12, ocorreu a busca por terapias espiritualistas e que esta envolveu a construção de uma nova visão sobre o mundo e sobre a pessoa que morreu (Koury, 2014). Destaca-se que os terapeutas espirituais fizeram parte das redes de conversadores do luto das participantes P1, P10 e P12.…”
Section: Sentidos Das Histórias De Perdaunclassified
“…O sofrimento do luto também representou a busca por recursos de apoio social por meio do uso de terapias psicológicas e/ou espirituais, amigos, trabalho e/ou estudo. Assim, nas histórias 1, 10 e 12, ocorreu a busca por terapias espiritualistas e que esta envolveu a construção de uma nova visão sobre o mundo e sobre a pessoa que morreu (Koury, 2014). Destaca-se que os terapeutas espirituais fizeram parte das redes de conversadores do luto das participantes P1, P10 e P12.…”
Section: Sentidos Das Histórias De Perdaunclassified
“…Ao contrário disso, a partir da segunda metade do século XX, assistimos a uma crescente individualização e privatização do sofrimento, por meio do qual os rituais solitários são mais bem aceitos. Cria-se, assim, uma tensão inexistente anteriormente, entre os espaços público e privado, favorecendo o processo de fragmentação das esferas de vida social e cultural em que os indivíduos se inserem (KOURY, 2014).…”
Section: Introductionunclassified
“…Os sentimentos de discrição frente a uma pessoa enlutada e de vergonha de sentir-se enlutado marcam o homem contemporâneo e o processo social do sofrimento torna-se esfacelado, permanecendo o sujeito sozinho em seu ritual introspectivo. Para Koury (2014), na sociedade brasileira urbana, observa-se uma tendência de deixar de ser relacional, pois não integra mais os rituais e nem o próprio enlutado às malhas sociais.…”
Section: Introductionunclassified
“…(Cláudio) A narrativa acima evidencia a dificuldade dos indivíduos no compartilhamento da dor. A privacidade e a discrição na expressão do sofrimento passam a ser uma regra de convivência e isso implica viver a experiência do luto na singularidade e na intimidade de quem sofre uma perda (Koury, 2014). Por outro lado, Cláudio, Maria e Gabriela receberam grande apoio da empresa em que trabalhavam, na época da morte de suas filhas, incluindo pagamentos das despesas com tratamento psicológico.…”
Section: 14unclassified
“…Ao contrário disso, a partir da segunda metade do século XX, assistimos a uma crescente individualização e privatização do sofrimento, por meio do qual os rituais solitários são mais bem aceitos. Cria-se, assim, uma tensão inexistente anteriormente, entre os espaços público e privado, favorecendo o processo de fragmentação das esferas de vida social e cultural em que os indivíduos se inserem(Koury, 2014).Dessa forma, o fenômeno do luto, processo normal e esperado após a perda de alguém significativo, tende a ser elaborado nos limites da privacidade e vivenciado de forma solitária, cedendo espaços apenas para as manifestações PUC-Rio -Certificação Digital Nº 1412315/CA…”
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