<span>Em especial, a análise dos documentos oficiais com os quais o Capital coordena a organização da vida social evidenciam a profundidade e a violência do ataque contra os interesses e necessidades dos trabalhadores. A direção da política econômica nestes documentos emitidos pelos órgãos centrais de gestão do capitalismo mundial, como o Banco Mundial, revelam os eixos de uma reestruturação das tarefas do Estado nas relações de produção capitalistas, com vistas a tornar mais agressivo seu direcionamento para o atendimento dos interesses do capital financeiro. Esta reforma impacta especialmente as políticas sociais e a política nacional de ciência e tecnologia. São a prova de uma ação orquestrada de ataques do capital contra a classe trabalhadora, que <strong><em>subordinam</em></strong>a vida insignificante e excedente dos que produzem a riqueza – os trabalhadores – <strong><em>à gestão e ao controle</em></strong>da coisa pública conduzida, sob a perspectiva neoliberal, conforme os interesses do capital financeiro. Um ataque que evidencia o desespero pela preservação da acumulação privada assim como o desprezo e o sacrifício da força de trabalho que produz toda a riqueza social. <span>Este Volume 11, Número 1 de Germinal expressa o esforço empreendido pelos intelectuais e educadores marxistas de realizar a crítica materialista e dialética desta conjuntura, enfrentando-a com radicalidade, reconhecendo o movimento da correlação de forças e os limites e possibilidades das políticas que foram possíveis no seio do embate entre capital e trabalho em nível mundial. São 25 manuscritos distribuídos nas seções <em>Debates, Artigos, Entrevista, Documento e Resenha </em>que, no conjunto, cumprem o papel de recuperar a lógica dos processos históricos, os agentes e os instrumentos que foram utilizados pelo Capital no processo coordenado de manter-se hegemônico no controle da produção da existência e na concentração de suas vantagens, mesmo quando parecia as dividir<em>.</em></span></span>