Transporte público, mobilidade e planejamento urbano: contradições essenciais

Abstract

A essência dos problemas que acometem a mobilidade cotidiana nas cidades brasileiras remete à combinação de condicionantes históricas, como a manutenção de pactos de poder que aglutinam setores conservadores da sociedade. Nesses pactos convergem proprietários fundiários urbanos, promotores imobiliários que a eles se coligam e o próprio empresariado de transporte público. Esses, como lhes convêm, mantêm dissociados a eficiência econômica da eficácia dos serviços de transportes, mantendo seu equilíbrio contábil a despeito da qualidade do serviço. Nesse contexto, urgem novas infraestruturas, intermodalidades com novos modais de transporte urbano, políticas mais expressivas de subsídios, rigoroso planejamento do uso do solo, bem como uma atuação mais incisiva do Estado enquanto regulador, planejador e fiscalizador.

Educação E Esporte: Analisando O Tempo Escolar Do Estudante-Atleta De Futebol

“…The closer the student-athlete comes to reaching the professional level, the more he is required to participate in training and travel in his category, the main aspects making it more difficult to undergo schooling during the day. The night-time athletes have more difficulties in moving around the city and also generally depend on public transport, which cannot always be relied on to match their schedules (SILVEIRA; COCCO, 2013). This data corroborates the debate about the decrease in the time spent in school, and the possible forms of lenient adaptation to which the school is submitted when dealing with the contingencies that involve nocturnal school administration.…”

Mobilidade geográfica e acessibilidade: uma proposição teórica

“…As decorrências desta abordagem para os estudos geográficos podem ser promissoras, a começar pelas contradições entre, de um lado, a mobilidade da força de trabalho, em muitos casos cada vez mais precária e, de outro, a mobilidade do capital, cada vez maior.1 A mobilida-de geográfica da força de trabalho, considerando tanto a produção quanto a reprodução social, está sujeita a diversas restrições, como a precariedade dos serviços de transporte público coletivo, tarifas elevadas de transporte, espraiamento das periferias urbanas em grandes extensões, dissociação entre o planejamento urbano e o planejamento de transportes (Vasconcellos, 1999;Cocco, 2013) etc., como causa e consequência uns dos outros. Por sua vez, a mobilidade do capital financeiro e das mais diversas frações do capital produtivo (industrial, agropecuário, serviços produtivos) e serviços básicos está cada vez mais livre de obstáculos, em termos normativos e materiais.…”

“…Para alcançar o objetivo principal deste texto, poderíamos também recorrer ao conceito, oriundo da geografia quantitativa, de interações espaciais, entendido em seu sentido original como simples deslocamentos de corpos no espaço. Corrêa (2016) resgata o conceito livrando-o de sua conotação neopositivista e atribuindo-lhe a função de expressar os processos de circulação e comunicação e as transformações que necessariamente provocam nas frações do espaço que interagem (Cocco, 2011;Cocco, 2013;Corrêa, 2016). Assim, podemos distinguir, de um lado, interações efetivamente realizadas, e, de outro, possibilidades de interação dadas pelas condições geográficas de cada momento histórico, porém impedidas de se realizar por circunstâncias políticas, econômicas e sociais desfavoráveis.…”

A Avaliação Ambiental Estratégica como ferramenta promotora do encadeamento na Política Estadual de Mudanças Climáticas do Estado de São Paulo - PEMC

“…O adensamento crescente da região metropolitana de São Paulo e do município tornaram o redirecionamentos de demandas logísticas urgentes (SILVA et al, 2015;SILVEIRA;COCCO, 2013;XAVIER, 2015) e o reflexo dessas demandas estiveram bastantes presentes nos PPs analisados principalmente na forma de estudos para o desenvolvimento de melhores alternativas.…”