O artigo realiza um estudo sobre o ambiente psicológico do Haiti a partir da interação entre duas variáveis cognitivas: prisma atitudinal e imagem. Nesse sentido, com base na literatura sobre modelo de análise em processo decisório, assumimos a premissa de que elementos cognitivos (como ideias e percepções construídas ao longo da história) são tão importantes na definição de planos de ação quanto as tradicionais variáveis objetivas tais como aporte financeiro. Para tanto, testamos as proposições desse modelo no caso da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH), de 2004, ano de seu início, até 2016. A partir da análise amostral de discursos presidenciais e, também, de resoluções do mandato da ONU, testou-se a hipótese de que quanto maior for a convergência das imagens entre os tomadores de decisão externos e internos, maiores serão as chances de uma missão de paz, neste caso a MINUSTAH, alcançar seus objetivos.