1997
DOI: 10.1590/s0103-40141997000200016
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Uma filosofia do cogito ferido: Paul Ricoeur

Abstract: 261TRADUÇÃO DE várias obras recentes de Paul Ricoeur nos últimos anos oferece uma ocasião privilegiada de apresentar ao público brasileiro a trajetó-ria, simultaneamente excêntrica e exemplar, desse filósofo contemporâneo. Trajetória excêntrica com relação ao suposto centro que figuraria o Hexagone, a França e, em particular, Paris. Ricoeur é um dos poucos filósofos franceses atuais que não só lê e traduz do alemão e do inglês, mas também dialoga com correntes internacionais de pensamento tão diversas como a f… Show more

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“…Convém frisar que há uma discussão sobre a noção de homem elaborada por Descartes. Estamos habituados a ver Ricoeur como crítico de Descartes, por ter sido o filósofo do "cogito ferido", nas palavras de Jeanne Marie Gagnebin (1997). Seguindo no projeto iniciado por Freud, de implosão da mente cartesiana, Ricoeur, de algum modo, volta a dialogar com o cartesianismo.…”
Section: O Esquecimento E Os Rastros: Apagamentos E Persistênciasunclassified
“…Convém frisar que há uma discussão sobre a noção de homem elaborada por Descartes. Estamos habituados a ver Ricoeur como crítico de Descartes, por ter sido o filósofo do "cogito ferido", nas palavras de Jeanne Marie Gagnebin (1997). Seguindo no projeto iniciado por Freud, de implosão da mente cartesiana, Ricoeur, de algum modo, volta a dialogar com o cartesianismo.…”
Section: O Esquecimento E Os Rastros: Apagamentos E Persistênciasunclassified
“…A passagem de Ricoeur pelos umbrais da Hermenêutica não significou negação da Fenomenologia; antes, o próprio estilo não-ortodoxo de Husserl e sua obra "arborescente" e de infinitos inícios (RICOEUR, 2009) permitiu que desenvolvesse temas ali disseminados. Foi o caso da temática da intencionalidade (segundo a qual a consciência é sempre consciência de algo, isto é, voltada para fora de si, dirigida ao mundo), que atraiu mais a Ricoeur do que a pretensão de uma fundamentação imediata da fenomenalidade pela consciência pura (GAGNEBIN, 1997). Ao explorar as implicações da intencionalidade, Ricoeur faz um "enxerto" da Hermenêutica na Fenomenologia, por entender que a consciência não se contempla a si mesma por uma via intuitiva (direta e transparente), mas precisa recorrer a um longo trabalho de interpretação dos signos linguísticos (símbolos, metáforas e narrativas) e demais sinais apresentados na história e na cultura (como instituições e monumentos) nos quais ela se apresenta, o que demanda um esforço de vários saberes (RICOEUR, 1997;.…”
Section: Título Do Artigo Título Do Artigounclassified
“…no prefácio de Si mesmo como um outro. Mas tal quebra é, simultaneamente, a apreensão de uma unidade muito maior, mesmo que nunca totalizável pelo sujeito: a unidade que se estabelece, em cada ação, em cada obra, entre o sujeito e o mundo(GAGNEBIN, 1997).Em Si mesmo com o outro, Ricoeur nos aponta que é pela análise das ações e interações humanas que se conhece o homem. O homem, mais do que tudo, é um ser capaz: de falar, de agir, de narrar, de ser responsável e de se interpretar a si e aos outros.…”
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