“…infelizmente, apesar de todo este avanço, é indiscutível a carência de temas relacionados a América pré-colombiana no campo da pesquisa histórica no Brasil, o que é sentido principalmente no ensino à nível de graduação, aonde, de um modo geral, os cursos de História da América dedicam uma ou duas aulas àquelas populações indígenas. 2 Arrisco dizer, à maneira como a pesquisa histórica se arquitetou nas pós-graduações brasileiras (NovAiS, 1990;Fico;Polito, 1992;cAPElAto;GlEzER;FERliNi, 1994), as possibilidades de pesquisa sobre a América pré-conquista estiveram no avesso das práticas comuns ao universo dos historiadores, o qual, com o desenvolvimento da pós-graduação no país, assistiu um desenvolvimento de outras áreas na historiografia brasileira, como a história social, política e cultura, sacramentando o apego do campo a documentos escritos (lUcA, 2012). Apesar disso, deve-se ressaltar que, em meio às reformulações das maneiras de se fazer História, a história indígena ganhou novas roupagens e é hoje uma área consolidada na historiografia brasileira, a qual, diga-se, não pode cessar a formulação de novos paradigmas teóricos e metodológicos para suas pesquisas (AlMEidA, 2015).…”