2008
DOI: 10.1590/s0103-21862008000100004
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Abstract: Este texto pretende estudar o uso político do passado bandeirante durante a década de 1920, concentrando-se nas obras do pensador antiliberal Oliveira Vianna e de Alfredo Ellis Jr., do Partido Republicano Paulista. Para tanto, segue as observações de Michel de Certeau sobre as três dimensões da operação historiográfica: seu lugar social de produção, os procedimentos de análise e a representação textual empregada. Demonstra-se a pluralidade de sentidos políticos conferidos ao bandeirante pela historiografia e s… Show more

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“…Assim, se é preciso ter em conta o que apontam Katia Abud (1985), Maria Helena Capelato (1985, Maria Isaura (1992), Marly Motta (1992) Ferretti (2008) quanto à utilização política da figura do sertanista em seu ressurgimento nos anos de 1920 e 1930, à luz dessa perspectiva que dá destaque à grande presença do elemento externo no vórtice transformador que vai se desenhando na capital paulista desde o final do XIX, é possível ainda sugerir uma outra utilização desse mesmo símbolo: em um contexto em que os componentes das novas forças transformadoras são externos à cena paulistana, há que se forjar um elemento que garanta algum enraizamento. Um grupo social em especial, sistematicamente representado na historiografia que enaltece o bandeirante, tem de onde recuperá--lo, e ao fazê-lo consolida o fator que justifica uma clivagem social interna.…”
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“…Assim, se é preciso ter em conta o que apontam Katia Abud (1985), Maria Helena Capelato (1985, Maria Isaura (1992), Marly Motta (1992) Ferretti (2008) quanto à utilização política da figura do sertanista em seu ressurgimento nos anos de 1920 e 1930, à luz dessa perspectiva que dá destaque à grande presença do elemento externo no vórtice transformador que vai se desenhando na capital paulista desde o final do XIX, é possível ainda sugerir uma outra utilização desse mesmo símbolo: em um contexto em que os componentes das novas forças transformadoras são externos à cena paulistana, há que se forjar um elemento que garanta algum enraizamento. Um grupo social em especial, sistematicamente representado na historiografia que enaltece o bandeirante, tem de onde recuperá--lo, e ao fazê-lo consolida o fator que justifica uma clivagem social interna.…”
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“…Para Danilo Ferretti, que estudou especificamente a diferença das propostas de Oliveira Vianna e Ellis Junior: Contestando diretamente a origem aristocrática do bandeirante preconizada por Oliveira Vianna, o liberal Ellis Jr. inventava uma origem socialmente democrática para a sociedade paulista, representando-a à imagem e semelhança da sociedade colonial norte-americana, conforme descrevia o pensamento americanista do século XIX. 399 Novamente deve-se deixar claro que não se exige postura diferente de Alfredo Ellis Junior. A intenção é demonstrar que pelo fato de estar inserido num determinado meio social (especificamente intelectual) -totalmente diferente daquela em que Oliveira Vianna desempenhava seu papel -há certas limitações para lidar com o passado paulista.…”
Section: A Ironia Como Forma De Críticaunclassified