2006
DOI: 10.1590/s0103-20032006000100003
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Abstract: Resumo: Este artigo discute as causas do padrão concentrador do desenvolvimento agrícola brasileiro recente, expresso no predomínio da produção em grande escala, elevado índice de mecanização e baixa absorção de mão de obra não qualificada. Cita, inicialmente, a existência de duas posições antagônicas que procuram explicar esse fato: uma, que culpa a herança latifundiária de nossa agricultura, e a outra, que vê nisso um determinismo tecnológico, não havendo, assim, possibilidade de atuar sobre esse problema se… Show more

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“…Na transição da escravidão para o trabalho livre, o sistema de colonato contornava este problema de maneira parecida: cedia terras para que os colonos mantivessem suas roças de alimentos e alguma criação nas épocas mortas do café (épocas em que o café requeria pouco ou nenhum trabalho) e oferecia remuneração extra para aqueles que se dedicassem às benfeitorias. (Sallum Jr, 1982;Rezende, 2006). Desta maneira, tanto as fazendas escravistas quanto as do colonato mantinham um regime de trabalho que contornava, em parte, os problemas oriundos da sazonalidade: permitia aos trabalhadores formas de ocupação produtiva de seu tempo no período da entressafra; liberava as fazendas de arcar com os custos de manutenção do trabalhador nos momentos em que seu trabalho não era requerido na grande lavoura; e, ao mesmo tempo, mantinha uma reserva de mão de obra interna às fazendas que eram utilizadas na época de pico de trabalho (Sallum Jr., 1982, p. 238;Stolcke e Hall, 1983, p.110;Rezende, 2006, p. 6;Tessari, 2010, p. 157-162).…”
Section: O Debate Em Torno Da Mecanizaçãounclassified
“…Na transição da escravidão para o trabalho livre, o sistema de colonato contornava este problema de maneira parecida: cedia terras para que os colonos mantivessem suas roças de alimentos e alguma criação nas épocas mortas do café (épocas em que o café requeria pouco ou nenhum trabalho) e oferecia remuneração extra para aqueles que se dedicassem às benfeitorias. (Sallum Jr, 1982;Rezende, 2006). Desta maneira, tanto as fazendas escravistas quanto as do colonato mantinham um regime de trabalho que contornava, em parte, os problemas oriundos da sazonalidade: permitia aos trabalhadores formas de ocupação produtiva de seu tempo no período da entressafra; liberava as fazendas de arcar com os custos de manutenção do trabalhador nos momentos em que seu trabalho não era requerido na grande lavoura; e, ao mesmo tempo, mantinha uma reserva de mão de obra interna às fazendas que eram utilizadas na época de pico de trabalho (Sallum Jr., 1982, p. 238;Stolcke e Hall, 1983, p.110;Rezende, 2006, p. 6;Tessari, 2010, p. 157-162).…”
Section: O Debate Em Torno Da Mecanizaçãounclassified
“…Alguns autores apontaram que o sistema de colonato tinha a vantagem de manter um exército de reserva dentro da propriedade constituído pelas mulheres e crianças (Sallum Jr., 1982;Stolcke;Hall, 1983;Rezende, 2006). No entanto, estes trabalhadores não eram suficientes para suprir toda a demanda por mão de obra.…”
Section: Sazonalidade E Incertezaunclassified
“…In fact, the area planted with cocoa increased from 274,961 ha in 1950 to 380,387 in 1970380,387 in to 562,148 ha in 1985380,387 in (IBGE 2006. Consequently, the agrarian structure evolved to become yet more concentrated, making access to land for rural workers more and more difficult (Rezende 2006). Despite its merits in transforming southern Bahia into one of the most important cocoa regions in the world, CEPLAC became dependent on the cocoa colonels that CEPLAC supported as they expanded their landholdings (Dias 1978).…”
Section: The Development Of the Cocoa Economymentioning
confidence: 99%