Fisioterapia respiratória em crianças com doença falciforme e síndrome torácica aguda

Abstract

OBJETIVO: Realizar uma revisão sistemática da literatura médica para identificar as técnicas de fisioterapia respiratória aplicadas em crianças com doença falciforme e síndrome torácica aguda, bem como descrever seu nível de evidência e recomendação. FONTES DE DADOS: Revisão bibliográfica nos bancos de dados Medline, Lilacs, SciELO e Cochrane no período de 1995 e 2009, com os descritores: "doença falciforme", "síndrome torácica aguda", "fisioterapia", "criança", "inspirometria de incentivo", em português e inglês, excluindo-se os estudos de revisão. Os artigos foram classificados por nível de evidência. SÍNTESE DOS DADOS: Foram encontrados cinco artigos; destes, três utilizaram a inspirometria de incentivo e observaram que ela evita as complicações pulmonares associadas à síndrome torácica aguda (nível de evidência II, II e IV), um deles (evidência II) comparou a inspirometria de incentivo com o dispositivo de pressão expiratória, sem diferenças entre ambos. Um artigo utilizou uma rotina de cuidados, incluindo a inspirometria de incentivo (evidência V), e observou redução do tempo de internação hospitalar e do uso de medicação oral para dor. Outro estudo com a ventilação não invasiva para crianças com desconforto respiratório e com incapacidade de realizar a inspirometria de incentivo relatou melhora da oxigenação e do desconforto respiratório (nível de evidência V). CONCLUSÕES: As técnicas de fisioterapia respiratória com dispositivos de inspirometria de incentivo, de pressão expiratória e a ventilação não invasiva podem ser aplicadas em crianças com doença falciforme e síndrome torácica aguda; o nível de recomendação é C.

O que sabemos sobre aptidão física, atividade física e exercícios para jovens com doença falciforme? Um estudo de revisão

“…O outro estudo do grupo, realizado com 43 indivíduos que participaram do estudo anterior e iniciaram o tratamento com hidroxiuréia por pelo menos 2 anos, demonstrou que houve melhora da tolerância ao exercício e da maioria dos parâmetros de aptidão física desses jovens 13 . Alguns trabalhos avaliaram a capacidade para o exercício, saturação e dessaturação de oxigênio durante e após o esforço e fatores associados [14][15][16][17] através do teste de caminhada de seis minutos. De maneira geral, os resultados das comparações dos grupos de crianças e adolescentes com DF e jovens saudáveis demonstraram que a capacidade para o exercício dos indivíduos adoecidos se mostrou abaixo do predito para a idade, sendo que os que tinham diagnósticos HbSS e HbS°-talassemia apresentaram desempenho inferior na distância total percorrida.…”