Uma dissertação se faz em uma roda-viva, sempre a várias mãos. São muitas as que permitiram que as minhas se fizessem presentes aqui. A moradia, o trabalho, a cidade, o jantar do sábado à noite, tudo faz parte do percurso. Empresto a música de Gonzaguinha para ressaltar o plano coletivo de construção deste trabalho. Ela diz: "toda pessoa sempre é as marcas das lições diárias de outras tantas pessoas". Esta dissertação existe a partir destas marcas. Com os desafios do caminho, ficou cada vez mais nítido o enorme arranjo de bastidores que há por trás da experiência de um mestrado. Por isso, agradeço... Aos parceiros de pesquisa, profissionais da EMEF Maria-Nova (como a chamo nesta pesquisa). Professores(as), gestores(as), coordenadores(as), estudantes, famílias, merendeiras, inspetores(as), secretárias, funcionários(as) de apoio, voluntários(as), para vocês, as palavras serão sempre faltantes. Elas não dão conta de tamanha gratidão por terem aberto suas vidas, trabalhos, afetos, inseguranças, saberes e movimentos a mim para que esta pesquisa pudesse existir. A parceira que vivi com vocês construiu-me como pesquisadora e produziu afirmações desejosas de fortalecimento de outras vidas comprometidas com a educação pública. Por isso agradeço o encontro de disputas, sonhos e pensamentos partilhados.Aos amigos que construíram um lar comigo na desafiadora São Paulo, por terem me ensinado que lar e carinho são construções feitas nos detalhes aparentemente desimportantes da rotina e por mostrarem que cabe muito riso no cotidiano. À Adriana, pelos ensinamentos das infinitas possibilidades de encontro e de produção de comuns, pelas inflexões no pensamento que me movem para além desta pesquisa, e pela presença que faz viver os desafios do percurso de pesquisa no plural, sentindo-me acompanhada.Ao grupo de pesquisa, pelas discussões intensas das manhãs de sexta e pela amizade que vai além delas. À Bia, pela companhia no bairro e nos eventos acadêmicos, pelos incentivos e pela dedicação na leitura das minhas escritas. À Paula, pela partilha dos marcadores do tempo da universidade e dos loopings da construção de uma dissertação. À Rê, por ter feito a ponte valiosa com o campo da pesquisa na minha chegada em São Paulo. À Lu, pelo riso, a abertura e o quintal aberto aos bons encontros. À Deia, pelo arejamento do pensamento paulista e pela doçura. Ao André, pela presença nos tempos iniciais da pesquisa.Ao Rodrigo, pela poesia. À Dani, pela leitura com vida, de quem é pesquisadora-artista, de nossos trabalhos. À Letícia, pelo ensinamento de que nenhuma disciplina dá conta sozinha de um problema. À Silvia, pela sensibilidade com nossas escritas.Ao Prof. José Sérgio Fonseca e à Prof. Kátia Aguiar, pela leitura cuidadosa, os comentários encorajadores e a presença afetuosa na qualificação. Este momento foi um marcador importante na trajetória desta pesquisa.Aos meus pais, pelo amor que movimenta e acolhe. À minha mãe, por dar lugar especial ao estudo ao insistir no seu mestrado com vidas para movimentar a sua volta, pelo cuidado e o cari...