RESUMO Este artigo analisa e compara duas políticas educacionais realizadas no Amapá. A primeira fora levada a cabo pelo governo de Janary Gentil Nunes (1944-1956) e tinha por meta formar trabalhadores disciplinados e aptos a colaborar na geração de grandes excedentes comercializáveis, por meio da exaustiva exploração de recursos naturais locais. A segunda fora efetivada pelo governo de João Alberto Capiberibe (1995-2002) e visava à disseminação de uma consciência ambiental que levasse os amapaenses a valorizar tanto a preservação do meio ambiente quanto as formas tradicionais de vida e trabalho. A comparação entre essas políticas evidenciou que a educação, nos dois períodos, foi percebida como um fundamental instrumento de transformação das práticas sociais, tendo em vista a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Ficou também evidente que os dois governos tinham visões muito díspares de desenvolvimento regional e, portanto, dos valores a serem difundidos por meio das escolas.