1999
DOI: 10.1590/s0102-88391999000300013
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Radicais, Raciais, Racionais: a grande fratria do rap na periferia de São Paulo

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“…Cabe, a partir de agora, analisar nas narrativas de rap os giros de sentido entre o crime, a espiritualidade e o consumo, fatores mediados pela crítica social e política, que matizam as relações da juventude periférica com "Deus" e com a "sociedade" (Kehl, 1999;Novaes, 2003), disputando os sentidos, as alternativas possíveis e as histórias de vida, tecendo representações sociais. Seguindo Becker, não faço, de um ponto de vista teórico-metodológico a distinção entre relatos/narrativas e "representações sociais", no sentido durkheimiano clás-sico (2009), pois "um relato sobre a sociedade, portanto, é um dispositivo que consiste em declarações de fato, baseadas em evidências aceitáveis para algum público, e interpretações desses fatos, igualmente aceitáveis para algum público" (Becker, 2009 p. 26 …”
Section: Rap Confl Ito E Juventudeunclassified
“…Cabe, a partir de agora, analisar nas narrativas de rap os giros de sentido entre o crime, a espiritualidade e o consumo, fatores mediados pela crítica social e política, que matizam as relações da juventude periférica com "Deus" e com a "sociedade" (Kehl, 1999;Novaes, 2003), disputando os sentidos, as alternativas possíveis e as histórias de vida, tecendo representações sociais. Seguindo Becker, não faço, de um ponto de vista teórico-metodológico a distinção entre relatos/narrativas e "representações sociais", no sentido durkheimiano clás-sico (2009), pois "um relato sobre a sociedade, portanto, é um dispositivo que consiste em declarações de fato, baseadas em evidências aceitáveis para algum público, e interpretações desses fatos, igualmente aceitáveis para algum público" (Becker, 2009 p. 26 …”
Section: Rap Confl Ito E Juventudeunclassified
“…Rocha (2001) e Kehl (2001) abordam o rap como algo que possibilita que o não simbolizado passe a ser representado e se reinscreva no imaginá-rio, o que permite ao indivíduo falar sobre o que acontece, deixando necessariamente de agir de forma violenta.…”
unclassified
“…Kehl (2001) Vem da mistificação produzida pelos apelos da publicidade, pela confusão entre consumidor e cidadão que se estabeleceu no Brasil neoliberal, que fazem com que o jovem da periferia esqueça sua cultura, desvalorize seus iguais e sua origem, fascinado pelos signos do poder ostentados pelo burguês... (Kehl, 2001, p. 99, grifos nossos).…”
unclassified
“…Para a psicanalista Kehl (1999), uma pessoa não originária do ambiente social da periferia, e que se permita debruçar sobre as músicas de rap, comumente se sente desconfortável com o tom impetuoso e ameaçador presentes nas canções. Tal incômodo ocorre, segundo a autora, porque o compositor de rap supõe se remeter ora aos "manos" (gíria para irmãos, amigos) da comunidade -advertindo-os, convidando-os à tomada de consciência e de atitude -, ora aos seus opositores e à sociedade segregacionista, repreendendo e acusando-os pelas mazelas sociais.…”
Section: O Rap E Os Estudos Científicos: Caminhos Percorridosunclassified
“…Kehl (1999) acrescenta que os "manos" do rap usam como arma militante o discurso, a palavra em forma de música, para expressar o que pensam. Entre esses jovens, alastra-se a necessidade de se ter consciência acerca da luta na qual estão envolvidos, assim como da tomada de atitude para promover mudanças em sua realidade social e pessoal.…”
Section: O Rap E Os Estudos Científicos: Caminhos Percorridosunclassified