2005
DOI: 10.1590/s0102-79722005000300009
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O papel do professor na construção discursiva da argumentação em sala de aula

Abstract: Resumo A natureza canônica dos referentes do discurso de sala de aula, a relação assimétrica professor-aluno e a previsibilidade dos resultados das discussões parecem tornar a sala de aula um espaço pouco propício à argumentação. Entretanto, reconhecendo a importância desta como recurso didático, o presente artigo discute sua construção em situações instrucionais. A tese central é que ações discursivas, nos planos pragmático, argumentativo e epistêmico, implementam a argumentação em sala de aula. Dois grupos d… Show more

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“…Considerando que uma aula de ciência baseada nos pressupostos do ensino por investigação é ambiente propício para o surgimento de situações argumentativas entre estudantes e professor (Carvalho, 2013;Zômpero & Laburú, 2011), que a aproximação dos estudantes de práticas epistêmicas da ciência facilita que eles construam entendimentos da ciência e sobre ciência (Monk & Osborne, 1997;Sandoval, 2003) e, finalmente, que o professor exerce um papel fundamental para que se atinjam esses objetivos promovendo diferentes tipos de interações (De Chiaro & Leitão, 2005;Ferraz & Sasseron, no prelo), emerge como foco deste trabalho a busca por compreender quais ações do professor promovem a argumentação dos estudantes em aulas investigativas. Colocamos, portanto, como nosso objetivo buscar responder à seguinte questão: Quais ações tomadas pelo professor promovem o surgimento e desenvolvimento da argumentação pelos estudantes no contexto do ensino por investigação?…”
Section: Introductionunclassified
“…Considerando que uma aula de ciência baseada nos pressupostos do ensino por investigação é ambiente propício para o surgimento de situações argumentativas entre estudantes e professor (Carvalho, 2013;Zômpero & Laburú, 2011), que a aproximação dos estudantes de práticas epistêmicas da ciência facilita que eles construam entendimentos da ciência e sobre ciência (Monk & Osborne, 1997;Sandoval, 2003) e, finalmente, que o professor exerce um papel fundamental para que se atinjam esses objetivos promovendo diferentes tipos de interações (De Chiaro & Leitão, 2005;Ferraz & Sasseron, no prelo), emerge como foco deste trabalho a busca por compreender quais ações do professor promovem a argumentação dos estudantes em aulas investigativas. Colocamos, portanto, como nosso objetivo buscar responder à seguinte questão: Quais ações tomadas pelo professor promovem o surgimento e desenvolvimento da argumentação pelos estudantes no contexto do ensino por investigação?…”
Section: Introductionunclassified
“…O leitor experiente não apenas estabelece inferências a partir de um dado texto como também é capaz de estabelecer relações complexas entre textos sobre um mesmo tema, tratando-os com se fossem premissas que geram conclusões sobre o tema em foco. No que tange à argumentação, surge o que os autores têm denominado intervenção argumentativa, definida como um conjunto de ações discursivas a serem desenvolvidas pelo professor, a fim de estimular o processo de argumentação em sala de aula com vistas à aprendizagem de algum conteúdo escolar (De Chiaro & Leitão, 2005;Fernandes, 2002). Neste sentido, inferir e argumentar são postos a serviço da aprendizagem.…”
Section: O Inferir E O Argumentarunclassified
“…Contudo, para que a argumentação em aula seja significativa, uma série de 44 variáveis necessitam de ser tomadas em consideração, tais como os materiais usados, o tipo de tarefa e como é organizada, o objetivo do debate ser explícito, e por último, a preparação do professor para que tais atividades aconteçam de forma "plena" e sistemática. Este último fator só recentemente foi foco de investigação, seja como parte das condições criadas para que o discurso na aula se tornasse argumentativo (De Chiaro & Leitão, 2005), seja como requisito do desenvolvimento profissional (DP) dos professores (McNeill & Knight, 2013).…”
Section: Introductionunclassified
“…Contudo, para que a argumentação em aula seja significativa, uma série de 44 variáveis necessitam de ser tomadas em consideração, tais como os materiais usados, o tipo de tarefa e como é organizada, o objetivo do debate ser explícito, e por último, a preparação do professor para que tais atividades aconteçam de forma "plena" e sistemática. Este último fator só recentemente foi foco de investigação, seja como parte das condições criadas para que o discurso na aula se tornasse argumentativo (De Chiaro & Leitão, 2005), seja como requisito do desenvolvimento profissional (DP) dos professores (McNeill & Knight, 2013).A necessidade emergente de apoio aos professores na construção de atividades orientadas para a argumentacão é também evidente em Portugal, por duas razões principais. A primeira relaciona-se com o uso dos manuais, que continuam a ser incongruentes com as principais competências implicadas no PISA (Antunes & Galvão, 2015), em especial o requerimento de que sejam melhoradas as aptidões argumentativas dos estudantes (Almeida, Figueiredo, & Galvão, 2012).…”
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