2009
DOI: 10.1590/s0102-71822009000200014
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Modos de subjetivação de mulheres negras: efeitos da discriminação racial

Abstract: Neste estudo, buscou-se compreender os efeitos da discriminação racial na identidade e subjetividade de mulheres negras atendidas no programa SOS Racismo/Porto Alegre/RS. Essa pesquisa fundamentou-se em um grupo dispositivo, cujo objetivo foi ouvir as narrativas das mulheres que sofreram atos de racismo/discriminação e agenciar outras referências identitárias. O referencial teórico-metodológico utilizado para analisar o material empírico produzido nos grupos foi o das práticas discursivas, entendidas como a fo… Show more

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“…Acreditamos que a escuta pode significar uma ação qualificada quando uma mulher precisa narrar a sua história e tornar pública uma violência 35,36 ; todavia, pode ser apenas um paliativo quando o serviço não está apto a fornecer a atenção que seria de sua competência, fazendo com que a usuária repita sua história apenas para mandá-la a outro lugar, sem responsabilizar-se pelo atendimento. O fato de ter que dirigir-se a inúmeros locais, contar e recontar as suas histó-rias, ter a veracidade das informações questionadas, sofrer procedimentos em duplicidade ou desnecessários, é outro ponto crítico da rota das mulheres, uma situação debatida e criticada pelos movimentos sociais de mulheres há um longo tempo.…”
Section: O Setor Saúdeunclassified
“…Acreditamos que a escuta pode significar uma ação qualificada quando uma mulher precisa narrar a sua história e tornar pública uma violência 35,36 ; todavia, pode ser apenas um paliativo quando o serviço não está apto a fornecer a atenção que seria de sua competência, fazendo com que a usuária repita sua história apenas para mandá-la a outro lugar, sem responsabilizar-se pelo atendimento. O fato de ter que dirigir-se a inúmeros locais, contar e recontar as suas histó-rias, ter a veracidade das informações questionadas, sofrer procedimentos em duplicidade ou desnecessários, é outro ponto crítico da rota das mulheres, uma situação debatida e criticada pelos movimentos sociais de mulheres há um longo tempo.…”
Section: O Setor Saúdeunclassified
“…In some situations, health professionals focus on listening and pay attention to the complaint when women decide to speak, and instead of providing the attention that is their competence, they refer them to other services without being jointly responsible for the case. Having to go through different services and tell and retell their story, women end up reliving and experiencing the situation of violence 36,37 again. Therefore, primary health care services do not assume their role as coordinator of the health care network and are not the gateway to cases of violence against women 38 .…”
Section: The Types Of Violencementioning
confidence: 99%
“…O Quadro 1 apresenta a relação de todos os artigos que conceituam, contextualizam e citam. & Méllo, 2008;Méllo, 2012;Nórte, 2015;Oliveira, Meneghel, & Bernardes, 2009;Porto & Bucher-Maluschke, 2012;Ramão, Meneghel, & Oliveira, 2005;Silveira, Nardi, & Spindler, 2014;Vanalli & Barham, 2012), 15 no total, aparecem apenas com os termos contextualizados. Desse modo, apesar de não haver uma definição sobre a violência, é possível verificar no contexto que a violência a qual os autores se referem é contra as mulheres ou relativa a gênero.…”
Section: Figura 1 Quantidade De Artigos Por Ano Que Apresentam Apenaunclassified
“…Ampliando a dicotomia do conceito, Machado e Matos (2014) buscam discutir a violência contra os homens em relações heterossexuais, dizendo que tanto homens quanto mulheres podem ser perpetradores ou vítimas de violência na intimidade, chamando a atenção para a negligência da violência na intimidade quando é contra os homens. Outra temática recorrente nos artigos que contextualizam é a relação com a discriminação racial e a violência com a mulher, presentes em três artigos (Oliveira, Meneghel, & Bernardes, 2009;Silveira, Nardi, & Spindler, 2014). Oliveira, Meneghel e Bernardes (2009) discutem os efeitos da discriminação racial na identidade e subjetividade de mulheres negras atendidas no programa SOS Racismo de Porto Alegre/RS.…”
Section: Violência De Gênero E Contra a Mulherunclassified