O envelhecimento é um fenômeno mundial e no Brasil não é diferente, a projeção é de que 1/3 de brasileiros, em 2060, tenham 60 ou mais anos. A partir da perspectiva foucaltiana da governabilidade e da biopolítica, objetivamos analisar como o Programa Mais Vida se propõe a realizar a gestão da velhice em Minas Gerais. Nos inspiramos na arqueologia de Foucault para propiciar um olhar diferente realizando uma análise da legislação brasileira e, de forma específica, sobre as regulamentações e práticas do programa. Foi possível perceber o desejo que temos de vivermos mais como fio condutor que liga o indivíduo à população que será gerida. A família e a sociedade serão chamadas para cuidar dos seus idosos na busca por eficiência. E logo, o idoso será alvo de uma biopolítica, normatizado, subjetivado, disciplinado e examinado, sendo compelido a se autogerir para manter-se ativo, saudável.