“…Desse modo, utilizandose constantemente de antagonismos, a professora de filosofia política da Universidade de Bordeaux traz a público, em seu livro, as questões que constituíram o Lippmann-Dewey Debate, assim nomeado desde a publicação de Communication as culture, de James Carey, em 1989, mas cuja discussão remonta efetivamente aos anos 1920 -ao pré-neoliberalismo, portanto. 4 É verdade que o jornalista, ensaísta e diplomata norte-americano sairá, podemos dizer hoje, retrospectivamente, "vitorioso" de tal embate, considerando sua influência posterior tanto na formação das elites no plano mundial quanto na formulação teórica e política do neoliberalismo -o 4 A autora assinala as repercussões das controvérsias em torno do Lippmann-Dewey Debate, mapeando trabalhos que confirmam sua existência e os que a detraem (p. 96-99). No interior dessa polêmica, desdobra-se outra, relativa ao pertencimento de Lippmann à tradição pragmatista.…”