2010
DOI: 10.1590/s0102-69092010000300002
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A globalização popular e o sistema mundial não hegemônico

Abstract: IntroduçãoExistem milhões de pessoas em todo o mundo direta ou indiretamente envolvidas com o que denomino "globalização econômica de baixo para cima" ou "globalização popular", como produtores, vendedores ou consumidores.1 Quem de nós nunca viu produtos "pirateados", eletrônicos, roupas, bolsas, tênis e brinquedos ou bugigangas globais sendo vendidos em mercados populares ou por vendedores ambulantes, camelôs, em locais como o saara, no rio de Janeiro, a rua 25 de Março, em são Paulo, o shopping oiapoque, em … Show more

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“…Dans le sillage du processus de globalisation économique, généralement pensé en termes de transactions entre pays et grandes organisations privées, se faufile un type de « mondialisation par le bas » (Portes, 1997 ;Ribeiro, 2010), qui est en même temps subversif et complémentaire du système mondial hégémonique. Du fait des avancées technologiques et organisationnelles, il est possible aujourd'hui d'avoir un flux d'objets et une mobilité des personnes d'une intensité jamais atteinte dans les périodes antérieures.…”
Section: Vendeurs Ambulants Et Passeurs Dans Le Commerce Transnationalunclassified
“…Dans le sillage du processus de globalisation économique, généralement pensé en termes de transactions entre pays et grandes organisations privées, se faufile un type de « mondialisation par le bas » (Portes, 1997 ;Ribeiro, 2010), qui est en même temps subversif et complémentaire du système mondial hégémonique. Du fait des avancées technologiques et organisationnelles, il est possible aujourd'hui d'avoir un flux d'objets et une mobilité des personnes d'une intensité jamais atteinte dans les périodes antérieures.…”
Section: Vendeurs Ambulants Et Passeurs Dans Le Commerce Transnationalunclassified
“…Camelôs, comerciantes de rua, vendedores ambulantes, feirantes, e toda sorte de mercadores não regulamentados diretamente pelo Estado, têm sido usualmente definidos, pela literatura clássica da economia e, em grande parte, das ciências sociais, como o outro lado da economia formal -isto é, como agentes distribuídos em algum ponto ao longo de cadeiras de informalidade (Ribeiro, 2010). Tal classificação não é gratuita, na medida em que está erigida em uma pressuposição anterior acerca do que é e como devem ser as relações entre a economia, a política e o Estado.…”
Section: Da Informalidade àS Políticas Econômicas De Valorunclassified
“…Com eles, e através de seus rastros, estabeleceram-se circuitos e entrepostos comerciais de diferentes magnitudes, escalas e alcances, capazes de conectar diversas partes do mundo, através de nódulos que são um mundo à parte (Wallerstein, 1974;Wolf, 1982;Hannerz, 2011). Juntos, mercadores e mercados, sujeitos e objetos, conformam mutuamente redes articuladas de nós e fluxos de informação, pessoas, mercadorias e capital -aquilo que Gustavo Lins Ribeiro (2010) denominou de sistema mundial não hegemônico, com isso referindo-se às composições de "de várias unidades localizadas em diferentes glocais conectados por agentes operando na globalização popular" (2010: 28), por sua vez em tensão com o sistema mundial hegemônico, baseado na lógica institucional e operativa dos detentores de poder tanto no que diz respeito ao Estado como ao capital privado. Sua intenção consiste, grosso modo, em jogar luz sobre as rede de produtores, vendedores e consumidores que usualmente não são considerados nas análises sobre globalização e, portanto, complexificar o debate em torno das categorias legítimas a partir das quais são definidas noções simultaneamente tão amplas e restritas, como "mercado informal" e comerciantes de rua 2 .…”
Section: Introductionunclassified
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