2004
DOI: 10.1590/s0102-69092004000300007
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Condenados pelo desejo? Razões de estado na África do Sul

Abstract: IntroduçãoO objetivo deste trabalho é analisar a inter-relação entre "raça", 1 gênero e erotismo na África do Sul, a partir da discussão de dois casos perfilados na Law Report e enquadrados na Immorality Actlei que proibia intercurso carnal "inter-racial", decretada em 1927 e que recebeu em 1950 (início da era do apartheid) uma nova emenda, que concedia ao Estado maior poder de vigilância e controle sobre os relacionamentos afetivo-sexuais "inter-raciais". 2 Meu objetivo é ajustar o foco para a percepção de "r… Show more

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“…Deficiência desde a África do Sul: entre definições, direitos e Deficiência desde a África do Sul: entre definições, direitos e Deficiência desde a África do Sul: entre definições, direitos e Deficiência desde a África do Sul: entre definições, direitos e Deficiência desde a África do Sul: entre definições, direitos e desigualdades desigualdades desigualdades desigualdades desigualdades Uma forma de narrar a instalação de determinados regimes políticos e morais é pelo elenco de peças legislativas. Uma narrativa bastante oficial sobre o início do apartheid é descrita a partir da menção a leis que restringiram e criminalizaram os encontros inter-raciais: Act (1953) e assim por diante -sobre esse processo e para um quadro detalhado acerca da instalação do apartheid, ver Moutinho (2004a;2004b;.…”
Section: Introdução Introdução Introdução Introdução Introduçãounclassified
“…Deficiência desde a África do Sul: entre definições, direitos e Deficiência desde a África do Sul: entre definições, direitos e Deficiência desde a África do Sul: entre definições, direitos e Deficiência desde a África do Sul: entre definições, direitos e Deficiência desde a África do Sul: entre definições, direitos e desigualdades desigualdades desigualdades desigualdades desigualdades Uma forma de narrar a instalação de determinados regimes políticos e morais é pelo elenco de peças legislativas. Uma narrativa bastante oficial sobre o início do apartheid é descrita a partir da menção a leis que restringiram e criminalizaram os encontros inter-raciais: Act (1953) e assim por diante -sobre esse processo e para um quadro detalhado acerca da instalação do apartheid, ver Moutinho (2004a;2004b;.…”
Section: Introdução Introdução Introdução Introdução Introduçãounclassified
“…Se, por um lado, estes dois modelos de entendimento podem ser separados para fins analíticos ou como maneira de delimitar fronteiras entre posições políticas, por outro, é possível reconhecer que tanto o argumento que condena o colecionador de "pornografia infantil" porque esta alimenta a sua "tara" quanto aquele que responsabiliza o consumidor dessas imagens por sua "demanda" buscam controlar e punir não apenas condutas -já que "taras" e "demandas" são da ordem do desejo. Na medida em que esses sujeitos são de certa maneira condenados pelo desejo, nos termos de Laura Moutinho (2004), sugiro que a "pedofilia" constitui justamente o elo que permite compreender como a distribuição e a posse da "pornografia infantil" são articuladas ao fenômeno da "violência sexual contra crianças".…”
unclassified
“…A ideia para essa dissertação teve início quando eu estava no bacharelado em Relações Internacionais na Universidade de São Paulo. Em 2016, cursando a disciplina "Antropologia das Emoções" na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), li a análise comparativa de Laura Moutinho sobre a construção da identidade nacional no Brasil e na África do Sul, produzida a partir da investigação de como gênero, raça e sexualidade foram mobilizados nos discursos sobre a nação nos dois países (MOUTINHO, 2004a(MOUTINHO, , 2004b(MOUTINHO, , 2004c(MOUTINHO, , 2004d(MOUTINHO, , 2018. O trabalho me despertou a curiosidade em entender o lugar da homossexualidade na construção desses projetos nacionais, marcados por desigualdades e preconceitos.…”
Section: O Início Da Pesquisaunclassified
“…Na segunda parte, examino como a homossexualidade masculina white era encarada durante o apartheid, e mostro que, assim como no exército, não havia uma atitude única. Aplico as reflexões produzidas no primeiro capítulo para entender como o apartheid mobilizou não apenas uma lógica racial, mas também de gênero e sexualidade (MOUTINHO, 2004a(MOUTINHO, , 2004c(MOUTINHO, , 2004d), e como o discurso sobre a homossexualidade, em especial aquela masculina e white, figurou no regime de segregação. Isso é feito por meio de reflexões sobre a perseguição do governo ao End Conscription Campaign -movimento formado por pessoas whites contrárias ao serviço militar obrigatório e à segregação racial -nos anos 1980; da tentativa de criminalização da homossexualidade no final dos anos 1960; e da eleição, no distrito de Hillbrow, Johanesburgo, em 1987, de um candidato do National Party em cuja plataforma estava a defesa dos "direitos gays".…”
Section: Divisão Da Dissertaçãounclassified
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