AGRADECIMENTOSÀ Deus, pelo amor e presença.À minha mãe, Enedina, pelo carinho, apoio, amizade e por ter despertado em mim desde cedo o interesse pelo conhecimento. A meu pai, Marcos (in memória) por ter me ensinado valores importantes como respeito e amizade.À minha orientadora, Andréa Viude, pela orientação, atenção, cuidado e paciência no meu processo de produção e formação acadêmica.À Amábile pelo carinho, paciência e incentivo sem os quais não seria possível realizar este trabalho.À Maristela e Julieti pelo longo caminho de compartilhamento de experiência de vida e experiência acadêmica.A todos os amigos que fora e nas disciplinas cursadas na EACH, FFLECH e no IPUSP, no programa de Mestrado, pelas trocas de experiências em trabalhos grupais, compartilhamento de materiais, mesas em Simpósios, ideias e opiniões no refeitório, no café e outros lugares.Às militantes dos movimentos negros da Cidade de São Paulo, pela atenção, pela contribuição nesta pesquisa, enquanto representantes e participantes dos movimentos engajados com a questão da saúde da mulher negra como AMMA Psique e Negritude, Geledés -Instituto da Mulher negra, Fala Negão-Fala Mulher, Elas por Elas, AAFSP (Associação de Anemia Falciforme do Estado de São Paulo) e Educafro e outras que me apoiaram e facilitaram o meu acesso neste universo de militância.Às professoras e professores do programa, pelo cuidado na condução das disciplinas e por compartilhamento do conhecimento. Os movimentos negros brasileiros aparecem como principais protagonistas intelectuais e militantes do antirracismo no Brasil e por intermédio das múltiplas modalidades de protesto mobilizam a implantação de políticas públicas para população negra. O não acesso aos bens comuns da sociedade e aos direitos fundamentais, como no caso da saúde, demanda a criação de medidas para superação das dificuldades de acesso a estes serviços por grande parte da população brasileira. Entre os determinantes sociais encontra-se o racismo e o machismo que expõe as mulheres negras a fatores de risco em saúde e determina suas condições de vida, saúde e adoecimento. O presente estudo traz uma reflexão sobre os sentidos atribuídos ao acesso da mulher negra à saúde pública por mulheres negras militantes em movimentos negros da cidade de São Paulo.Tratam-se de movimentos importantes na luta pela inclusão da mulher negra e atenção as suas especificidades em saúde, bem como na elaboração, implantação e implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. As ações políticas dos movimentos negros foram abordadas também em sua dimensão simbólica cujo campo discursivo se move em contraposição à naturalização das desigualdades raciais, mas em favor do acesso aos direitos, denunciando as injustiças sociais intensificadas para a população negra pelo racismo. Abordamos também seu movimento no sentido de dar à negras e negros o direito de contarem sua própria história, a construir uma memória e identidade coletivas que se contrapunha à imagem marginalizada e inferiorizada instituída historicamente ...