2009
DOI: 10.1590/s0102-64452009000300012
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Os sentidos da democracia: crítica, aposta e perplexidade na produção do cenedic

Abstract: introduçãoO debate acerca das transformações que marcaram a construção democrática brasileira foi permeado, desde fins da década de 1970, por dissidências e tensões intelectuais em torno das quais se opuseram distintas interpretações. Em tal contexto, a questão que afastava ou aproximava as várias posições era saber qual o sentido político-normativo assumido pela atuação de diferentes atores e grupos sociais nos diferentes níveis daquela construção. Se um conjunto de autores se voltava para os cálculos e custo… Show more

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“…A inflexão pela qual passou os intelectuais do Cenedic, a partir do final da década de 1990, transitando de uma pers pectiva relativamente otimista em relação às potencialidades "políticas" e "democratizantes" dos "novos" movimentos sociais a uma posição de ceticismo e perplexidade diante do desman che neoliberal, não deixou de provocar críticas oriundas de interpretações concorrentes no espaço acadêmico das ciên cias sociais brasileiras sobre a democracia, a sociedade civil e os movimentos sociais no Brasil desde a Abertura. Para José Szwako (2009), por exemplo, que vocaliza uma posição mais ampla, mobilizandoa na crítica ao Cenedic, a virada pessi mista do Centro incitou o apego a uma "concepção negativa de política" que, a reboque da decepção com a não realização das esperanças democráticas dos anos 1980, teria acabado por erodir a própria possibilidade de um "aprofundamento" da política e dos "valores democráticos", o que suporia a consideração "de um componente utópico aberto a contra dições e ambiguidades".…”
Section: Entre Crítica E Utopiaunclassified
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“…A inflexão pela qual passou os intelectuais do Cenedic, a partir do final da década de 1990, transitando de uma pers pectiva relativamente otimista em relação às potencialidades "políticas" e "democratizantes" dos "novos" movimentos sociais a uma posição de ceticismo e perplexidade diante do desman che neoliberal, não deixou de provocar críticas oriundas de interpretações concorrentes no espaço acadêmico das ciên cias sociais brasileiras sobre a democracia, a sociedade civil e os movimentos sociais no Brasil desde a Abertura. Para José Szwako (2009), por exemplo, que vocaliza uma posição mais ampla, mobilizandoa na crítica ao Cenedic, a virada pessi mista do Centro incitou o apego a uma "concepção negativa de política" que, a reboque da decepção com a não realização das esperanças democráticas dos anos 1980, teria acabado por erodir a própria possibilidade de um "aprofundamento" da política e dos "valores democráticos", o que suporia a consideração "de um componente utópico aberto a contra dições e ambiguidades".…”
Section: Entre Crítica E Utopiaunclassified
“…É nesse contexto que se torna possível compreender a importância das reflexões de Roberto Schwarz nos debates do Cenedic, a partir do final da década de 1990, autor que, segundo Szwako (2009), teria grande responsabilidade na inflexão negativa do centro, et pour cause. Pioneiro na crítica pela esquerda à lógica da modernização assumida, até mesmo, pela intelectualidade crítica brasileira, cuja positivação do "moderno" ele opôs a "negatividade" da crítica frankfurtiana às ilusões no progresso (Querido, 2013(Querido, , 2019 O ensaio "Fim de século", em particular, publicado em 1999 em Sequências brasileiras, esteve muito presente nos deba tes do Cenedic exatamente no período em que o Centro passava por esta inflexão negativa, quando o eixo das preo cupações passou a ser a análise das consequências do "des manche".…”
Section: Entre Crítica E Utopiaunclassified
“…Assim, a autonomia dos movimentos em relação ao Estado não se daria apenas como descrição de uma realidade, mas como uma prescrição. A relação, apenas quando conflituosa, seria o termômetro do quão crítico e autêntico poderia ser um movimento (CAYRES, 2015;SZWAKO, 2009SZWAKO, , 2012.…”
Section: Clientelismo Racionalidade E Intermediações Socioestatalunclassified
“…Por outro, a própria ideia de direitos humanos (em sentido mais estrito, ligada aos direitos individuais), que inicialmente adentrara a esfera pública em 77 Emir Sader, Maria Célia Paoli, Francisco de Oliveira, Teresa Caldeira e Vera Telles foram alguns dos autores que se debruçaram sobre a análise dos "novos movimentos sociais" enquanto formas de reinvenção de vida democrática brasileira. Para um debate sobre esse tema, centrado nos autores vinculados ao Centro de Estudos dos Direitos da Cidadania (CENEDIC) da USP, ver Szwako (2009). razão da defesa dos presos políticos, fora ampliada para abarcar a defesa de presos comuns.…”
Section: Tensões Entre Direitosunclassified