“…Para tanto, puseram em prática dispositivos que implicavam alterações radicais nas "regras do jogo" da economia, estabelecendo, entre outras medidas, congelamentos de preços, revisões gerais de contratos e a mudança das moedas nacionais (na Argentina, o primeiro plano heterodoxo determinou, em junho de 1985, o fim do peso e sua substituição pelo austral; no Brasil, em fevereiro de 1986, o cruzeiro cedeu lugar ao cruzado)". 8 Em função da Constituição de 1988, que impediu por exemplo as privatizações dos serviços públicos universais (saúde, previdência e educação), e pela resistência não organizada (Boschi e Diniz, 2003) dos setores produtivos ao desmonte da estrutura institucional que os sustentava, evitando a privatização de bancos públicos como o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. 9 Cabe notar que o Ministério da Reforma do Estado (MARE) foi estratégico no processo de reformulação e organização das funções do Estado e no reposicionamento do Ministério da Fazenda, conciliando a reforma administrativa com a da política econômica (Ver Bresser-Pereira, 1998;e Diniz, 2001).…”