Neste artigo são discutidas as políticas e os programas nacionais propostos para a formação de professores para a Educação Básica no Brasil, principalmente nas duas últimas décadas. Entrados nos anos 2000 variadas iniciativas tiveram curso originadas por políticas governamentais, apoiadas por Leis do Congresso Nacional, Decretos da Presidência, Pareceres e Resoluções do Conselho Nacional de Educação, Portarias Ministeriais. Esforços políticos foram desenvolvidos na direção de melhor qualificar a formação de professores, porém, como os dados apontam, ainda não demos conta desse desafio, o que é atestado pelas pesquisas que estudam essas políticas e seus efeitos. Duas características principais são apontadas: a descontinuidade nas implementações, ou reformulações sucessivas, e, a fragmentação de ações, com superposições, entre os vários órgãos governamentais. Por outro lado, são trazidas à luz exemplos de iniciativas institucionais localizadas, levadas avante por grupos de docentes da educação superior e gestores que inovam na forma como concebem e realizam a formação para a docência.