RESUMO: Este trabalho objetiva analisar como a abordagem do ensino de inglês como língua franca é entendida e como o professor percebe sua identidade nacional dentro desse processo, observando se a formação acadêmica colabora para essa nova abordagem. Pretende-se também entender se a identidade nacional do professor é valorizada. A pesquisa acontece num centro de ensino de línguas estrangeiras. A metodologia utilizada para a coleta e análise de dados é a qualitativa. O referencial teórico são trabalhos sobre identidade e ensino de inglês: Hall (1999), Woodward (2005), Moita Lopes (2008), Canagarajah (1999, Phillipson (1992), Jenkins (2006), dentre outros. Como resultado pode-se perceber que a identidade nacional do professor de inglês, bem como a abordagem do inglês como língua franca ainda não são enfatizados no processo de formação do professor. Desta forma, entende-se que o ensino de inglês acaba favorecendo o apagamento da identidade nacional do professor/aluno de inglês. PALAVRAS-CHAVE: identidade nacional; formação de professores; inglês como língua franca.ABSTRACT: This work aims at analyzing the way English as The Língua Franca approach is understood by the teachers and how this teacher realize his/her national identity. The research takes place at an English school which has its focus on people from the community. The methodology used is the qualitative and the theoretical basis is formed by Hall (1999), Woodward (2005), Moita Lopes (2008), Canagarajah (1999), Phillipson (1992), Jenkins (2006). Through the results we could understand that English as a Lingua Franca approach is not emphasized in the teacher training and thus national identity is being left aside. KEYWORDS: national identity; teacher training; english as a lingua franca.
INTRODUÇÃOQuando se aprende/ensina um idioma, não é apenas a língua 1 que é repassada; as culturas estrangeiras bem como as identidades estrangeiras também influenciam aqueles que se apropriam desse novo idioma (PETERSON, 2007); e esse contexto, no caso do inglês, faz com que muitas crenças sejam criadas e recriadas reforçando a ideia de que, se o indivíduo quer pertencer ao grande grupo mundial precisa aprender a língua franca 2 convencionada (CANAGARAJAH, 1999, p. 14).Quando se aprende uma nova língua não são apenas signos que são internalizados. Como observa Rajagopalan, "a língua é muito mais que um código ou instrumento de comunicação. Ela é [. Sendo assim, quando aprendemos a falar inglês nos apropriamos também de uma nova identidade. E essa nossa identidade nacional (imaginada, de pertencimento à uma nação) somada à identidade da língua estrangeira formarão uma nova identidade que coesitirá com as demais, uma vez que não podemos afirmar que quando nos apropriamos de uma identidade deixamos de possuir a que tínhamos antes (HALL, 1999 Phillipson (1992), "A língua franca é uma língua que é usada para a comunicação entre diferentes grupos de pessoas, cada grupo falando uma língua diferente. A língua franca pode ser uma língua usada internacionalmente (ex. inglês), pode...