descreve o vocalismo pretônico na variedade urbana do Português de São Tomé (doravante PST), investigando, dentre outros aspectos, a interferência dos processos de harmonização e de redução vocálicas, de fatores sociais e do crioulo mais falado na ilha, o Forro, na aplicabilidade da regra de elevação. Compara-se a variação atuante em São Tomé àquelas já descritas e observadas no Português Europeu (doravante PE), no Português do Brasil (doravante PB) e no Forro ou Santome, a fim de avaliar se o objeto de estudo em questão se insere em um continuum afrobrasileiro, afroeuropeu ou, ainda, se representa um sistema peculiar. O atual panorama sociolinguístico da ilha decorre de cinco séculos de evolução, em que de língua dos colonos, o Português, paulatinamente, se transforma em língua oficial (cf. GONÇALVES; HAGEMEIJER, 2015). Ao longo de dois ciclos econômicos ocorridos na primeira e na segunda colonizações, surge um território multilíngue, em que hoje se apresentam: o Português, o Forro e três 1 Este artigo baseia-se na tese de Nascimento (2018), de onde advieram figuras e tabelas que o compõem.