1998
DOI: 10.1590/s0102-44501998000200006
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Abstract: Este trabalho analisa a variação de nós e a gente na posição de sujeito. Com base nos princípios da Sociolingüística Quantitativa Laboviana foram identificados os fatores lingüísticos e sociais com o objetivo de explicar a diferente distribuição destas formas. O estudo focaliza o uso de falantes cultos das três principais regiões geográficas do Brasil: Rio de Janeiro (Sudeste), Porto Alegre (Sul) e Salvador (Nordeste).

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“…Todos os trabalhos anteriores que estudaram esse fenômeno (OMENA, 1978apud TAMANINE, 2002ALBÁN;FREITAS, 1991;LOPES, 1998;TAMANINE, 2002) mostram que os mais jovens são os que usam mais a forma pronominal a gente, o que parece indicar um processo de mudança, segundo o olhar desses pesquisadores. Essa tendência não é a mesma mostrada por nossos resultados, uma vez que, segundo os dados calculados pelo Goldvarb, a variante a gente é favorecida no uso dos informantes situados nas faixas etárias intermediárias.…”
Section: Idadeunclassified
“…Todos os trabalhos anteriores que estudaram esse fenômeno (OMENA, 1978apud TAMANINE, 2002ALBÁN;FREITAS, 1991;LOPES, 1998;TAMANINE, 2002) mostram que os mais jovens são os que usam mais a forma pronominal a gente, o que parece indicar um processo de mudança, segundo o olhar desses pesquisadores. Essa tendência não é a mesma mostrada por nossos resultados, uma vez que, segundo os dados calculados pelo Goldvarb, a variante a gente é favorecida no uso dos informantes situados nas faixas etárias intermediárias.…”
Section: Idadeunclassified
“…No entanto, a implementação da expressão a gente no quadro pronominal do português brasileiro, segundo Omena (1996; e Lopes (2002;2004) Em relação à variação nós e a gente na posição de sujeito, pesquisas sociolinguísticas (OMENA, 2003;LOPES, 1998LOPES, , 2004SEARA, 2002;FERNANDES, 2004;ZILLES, 2007;MAIA, 2009;TAMANINE, 2010;FRANCESCHINI, 2011;SANTOS, 2014;RUBIO, 2014;VITÓRIO, 2015, entre outros) mostram que a gente é a variante preferida nas variedades brasileiras, sendo essa variação condicionada pelas variáveis paralelismo formal e discursivo, determinação do referente, tempo verbal, saliência fônica, preenchimento do sujeito, faixa etária, sexo/gênero e escolaridade.…”
Section: Variação Nós E a Gente No Português Brasileirounclassified
“…Gráfico 1 -Percentuais de nós e a gente na função de sujeito Esses resultados também vão ao encontro dos estudos sociolinguísticos que mostram a preferência do pronome inovador a gente na posição de sujeito nas variedades do português brasileiro (LOPES, 1998;SEARA, 2002;OMENA, 2003;FERNANDES, 2004;MAIA, 2009;TAMANINE, 2010;FRANCESCHINI, 2011;RAMOS;BEZERRA;ROCHA, 2009;SANTOS, 2014;RUBIO, 2014). Em relação aos grupos de fatores potencialmente relevantes na variação em análise, cinco foram considerados estatisticamente significativos, seguindo a ordem de relevância do GoldVarb X: marca morfêmica, paralelismo formal, preenchimento do sujeito, escolaridade e faixa etária.…”
Section: Variável Dependenteunclassified
“…Assumindo um encaminhamento diverso do assumido pelo você, a partir do século XIX, em Portugal, observa-se que a aristocracia brasileira emprega tal forma inovadora nos Oitocentos, como evidencia Soto (2007) Labov (1994), em processos de mudança linguística de baixo para cima (change from bellow), as mulheres tendem a empregar mais as formas inovadoras que os homens, bem como também evidenciado por Lopes (1993Lopes ( , 2003 Soto (2007), Rumeu (2008) e Pereira (2012) acerca do papel da mulher no que se refere à inserção do você no PB. Assume-se que o empreendedorismo linguístico das mulheres está no fato de escolherem uma forma que se inseriu a posteriori no quadro pronominal do PB como resultado de um processo gradual e paulatino de uma mudança linguística de cima para baixo (change from above (LABOV, 1994)).…”
Section: As Construções Imperativas De 2 a Pessoa: O Gênero E A Faixaunclassified