“…Diversos estudos vêm sendo realizados com o objetivo de constatar de que forma a paternidade vem sendo exercida pelos pais contemporâneos. Mesmo que muitos deles tenham constatado um pai mais participativo no ambiente familiar e que considera o afeto como sendo o principal componente da paternidade (Bottoli & Arpini, 2011;Gomes & Resende, 2004;Silva & Piccinini, 2007;Wagner, Predebon, Mosmann & Verza, 2005), ainda persiste a crença de que a responsabilidade social do homem está na condição de provedor (Bustamante, 2005;Freitas, Silva, Coelho, Guedes, Lucena e Costa, 2009;Hurstel, 1999;Padilha, 2008;Ramires, 1997 (Grzybowski, 2002;Pereira, 2011). A respeito disso e levando em consideração o relato do participante acima, que afirma que sua ex-companheira não lhe exigiu nada além do pagamento da pensão alimentícia, questiona-se até que ponto as próprias mulheres não reforçam e perpetuam a ideia de que a função primordial do homem como pai é de prover materialmente a família, impedindo que tal concepção se modifique.…”