Cultural bias in the SON-R test: comparative study of Brazilian and dutch children

Abstract

-The present study, including 83 Brazilian and 51 Dutch children, evaluated the presence of cultural bias in items of the SON-R 5½-17 that make use of concrete objects and situations. Two procedures were followed to detect item bias. The first consisted of asking the children, immediately after an incorrect answer, whether they recognized the pictures. The second procedure compared item difficulties of the Brazilian children with those of the Dutch children belonging to the standardization sample of the SON-R 5½-17. Fourteen items were detected with bias: ten of these favored the Dutch group and four the Brazilian group. The cultural disadvantage for Brazilian children is rather small, taking the large amount of investigated items into account. This study indicated which items of the SON-R 5½-17 should be improved, not only for reasons of cultural bias, but also because children, irrespective of their cultural background, encountered problems with the recognition of several pictures.Key words: cultural bias; item bias; nonverbal intelligence test. Viés Cultural no Teste SON-R: Estudo Comparativo entre Crianças Brasileiras e HolandesasRESUMO -No presente estudo, incluindo 83 crianças brasileiras e 51 holandesas, verificou-se a presença de viés cultural nos itens do SON-R 5½-17 que usam objetos e situações concretas. Dois procedimentos foram seguidos para detectar viés do item. No primeiro, perguntou-se às crianças, imediatamente depois de uma resposta errada, se elas reconheceram os desenhos utilizados nos itens. No segundo procedimento, comparou-se a dificuldade dos itens para as crianças brasileiras com a dificuldade dos itens para as crianças holandesas da amostra de normatização do SON-R 5½-17. Identificaram-se quatorze itens com viés, dos quais dez favorecem as crianças holandesas e quatro as crianças brasileiras. A desvantagem cultural para as crianças brasileiras é bastante pequena, levando em consideração o grande número de itens investigado. Este estudo indicou quais itens do SON-R 5½-17 precisam ser melhorados, não só por razões de viés cultural, mas também porque crianças, independentemente do background cultural, encontraram problemas com o reconhecimento de vários desenhos.Palavras-chave: viés cultural; viés do item; teste não-verbal de inteligência.The test was originally developed in order to be able to assess the learning ability of children who were severely handicapped in their language development. At that time, existing nonverbal intelligence tests were not suited for the examination of a broad spectrum of learning abilities because they consisted mainly of performance tests related to spatial abilities (like form boards, mazes, and mosaics). The first SON-test of 1943 consisted of nonverbal subtests related to abstract and concrete reasoning, and contained norms for deaf children from 4 to 14 years of age. At present, the fourth generation of SON nonverbal intelligence tests exist of two versions: one for younger children, the SON-R 2½-7, and one for older children, the SON-R 5½-17. ...

Prenatal Tobacco Exposure and Brain Morphology: A Prospective Study in Young Children

“…Information on maternal drinking habits, like information on maternal smoking habits, was collected with questionnaires in each trimester. Nonverbal IQ was assessed at the age of 6 years with two subtests of a revised Dutch intelligence test, the 'SnijdersOomen Niet-verbale intelligentie Test-Revisie (SON-R 2.5-7)': Mosaics and Categories (Tellegen et al, 2005). Gestational age (in weeks) and weight at birth (in grams) were extracted from medical records.…”

Evidências de validade convergente do SON-R 2½-7[a] com o WPPSI-III e WISC-III

“…A análise de fidedignidade foi realizada com base no coeficiente Lambda 2 de Guttman. Esse coeficiente foi escolhido porque estudos apontam que o Lambda 2 de Guttman é uma estimativa melhor da fidedignidade, principalmente quando os instrumentos contêm poucos itens ou quando a amostra é pequena (Tellegen & Laros, 2004;Ten Berge & Zegers, 1978).…”

Funcionamento diferencial dos itens do teste não-verbal de inteligência SON-R 2½-7[a]

“…Por que então atribuir zero à resposta? Essa é uma das fortes críticas que têm sido feitas aos testes tradicionais de inteligência.De acordo com alguns autores (Weiss, 1982;Thorndike, Hagen & Sattler, 1986;Tellegen & Laros, 2004), os testes de inteligência geral, como o Stanford-Binet e os testes de inteligência Wechsler, focam mais na inteligência adquirida ao longo de um processo formal de aprendizagem, denominada inteligência cristalizada. Com isso, grupos sociais que não tiveram acesso às mesmas condições de aprendizagem podem ter seu desempenho no teste prejudicado.…”

“…Todavia, a resposta errada de uma criança que não teve acesso às mesmas condições de educação formal, não significa que ela é incapaz de adquirir certos conhecimentos ou habilidades. Assim, testes de inteligência que aferem, sobretudo, o resultado final de um processo formal de aprendizagem, podem acabar subestimando a habilidade de crianças que tiveram menos oportunidades -em geral, grupos de minorias étnicas ou de baixo nível socioeconômico (Tellegen & Laros, 2004;Tellegen & Laros, 2005). Pode-se ressaltar que uma avaliação ou um diagnóstico mal feito pode trazer consequências sérias para a criança, como a discriminação e o preconceito.…”

“…Uma análise de vieses culturais já foi realizada no Brasil com a versão do SON-R para a faixa etária entre 5 e 17 anos (Tellegen & Laros, 2004 (Jesus, 2009). Este estudo teve como objetivo adequar o conteúdo do teste para a realidade brasileira.…”