Deficiência auditiva referida por idosos no Município de São Paulo, Brasil: prevalência e fatores associados (Estudo SABE, 2006)

Abstract

Abstract

Percepção de restrições de participação na perda auditiva: comparação entre idosos institucionalizados e não institucionalizados

“…No entanto, devido ao custo e dificuldades logísticas para sua detecção precoce em nível populacional, a deficiência auditiva referida mostra-se como um ótimo instrumento de triagem auditiva (Valete-Rosalino e Rozenfeld, 2005; Santiago e Novaes, 2009) e tem sido utilizada por muitos pesquisadores (Jones, Victor e Vetter, 1984;Coelho Filho e Ramos, 1999;Sindhusake et al, 2001;Castro et al, 2008;Cruz et al, 2009;Paiva et al 2011;Cruz et al, 2012;Airoldi et al, 2013;Crispim e Ferreira, 2015). A partir desse tipo de triagem, espera-se aumentar a chance de uma pessoa com determinada disfunção ser identificada e de não considerar aquela sem disfunção (Valete-Rosalino e Rozenfeld, 2005).…”

“…Essa frequência é idêntica a que foi relatada por Cruz et al (2012) (Sousa e Russo, 2005;Souza e Oda, 2008;Gutierrez et al, 2009;Airoldi et al, 2013), enquanto que a prevalência de limiares alterados variou de 34% a 83,1% (Baraldi, Almeida e Borges, 2007;Mattos e Veras, 2007;Carmo et al, 2008;Sousa e Russo, 2009;Airoldi et al, 2013).…”

“…No presente estudo, a deficiência auditiva referida não apresentou associação com sexo, diferentemente de outras pesquisas que associaram-na com o sexo masculino (Pinzan-Faria e Iório, 2004;Castro et al, 2008;Nobrega, Camara e Borges, 2008;Sousa e Russo, 2009;Paiva et al, 2011;Cruz et al, 2012). Nesses estudos, a diferença entre sexos foi explicada pela maior exposição dos homens a atividades ocupacionais.…”

“…Esse achado concorda com a literatura (Jones, Victor e Vetter, 1984;Valete-Rosalino e Rozenfeld, 2005;Baraldi, Almeida e Borges, 2007;Castro et al, 2008, Nóbrega, Camara e Borges, 2008, Cruz et al, 2009, Gutierrez et al, 2009Sousa e Russo, 2009, Paiva et al, 2011, Cruz et al 2012Crispim e Ferreira, 2015). Isso significa que com o passar da idade, os órgãos auditivos sofrem mais o efeito do envelhecimento.…”

“…Esse fenômeno, também chamado de transição demográfica, é reflexo de alguns fatores, como a queda da fecundidade materna e da mortalidade infantil, a diminuição dos óbitos causados por doenças infectocontagiosas, o aumento da expectativa de vida (Brasil, 2006a;Bandeira, Melo e Pinheiro, 2009;Lima, 2011), o controle das doenças crônicas (Guerra et al 2010), a melhoria das condições de vida (Cruz et al, 2012) e saúde, o aumento da qualidade de vida (Guerra et al 2010), do acesso ao saneamento básico e aos serviços de saúde, o avanço científico e tecnológico dos recursos ligados à saúde (Lima, 2011;Cruz et al, 2012).…”