1994
DOI: 10.1590/s0102-311x1994000200014
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Movimentos sociais e saúde: notas para uma discussão

Abstract: This text is a contribution to the debate about the participation of social scientists in the field of health. The difficulties and perspectives involved in the incorporation of a specific theme such as social movements are treated. When criticizing the heavy emphasis traditionally given to "politics" in Brazilian social analysis, in reality attention is being called to the problem of the decrease in reflective power on a theoretically and politically relevant issue, the constitution of collective subjects in … Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1
1
1

Citation Types

0
1
0
11

Year Published

2005
2005
2018
2018

Publication Types

Select...
4
4

Relationship

0
8

Authors

Journals

citations
Cited by 16 publications
(12 citation statements)
references
References 6 publications
0
1
0
11
Order By: Relevance
“…O processo de institucionalização da Reforma Sanitária, por um lado, foi um passo importante e decisivo para a consolidação de um projeto de saúde que se contrapõe ao modelo hegemônico, mas, por outro lado, esse processo encaminhou a Reforma Sanitária para longe dos movimentos e das organizações sociais, deslocando seu principal foco de luta da sociedade civil para o interior do aparelho estatal. Stotz (1994) afirma que o Estado passa a ser visto como um sujeito diante do qual se situam outros sujeitos, estes despojados de suas encarnações sociais e de poder para produzir a política pública. Tem-se a impressão de que os principais atores estão nos gabinetes ministeriais, produzindo normas e portarias, e não mais nas forças vivas da sociedade, nas instituições e nos serviços, como ativos protagonistas políticos.…”
Section: A Entrada No Século Xxi: Concretizando a Atenção Psicossocialunclassified
“…O processo de institucionalização da Reforma Sanitária, por um lado, foi um passo importante e decisivo para a consolidação de um projeto de saúde que se contrapõe ao modelo hegemônico, mas, por outro lado, esse processo encaminhou a Reforma Sanitária para longe dos movimentos e das organizações sociais, deslocando seu principal foco de luta da sociedade civil para o interior do aparelho estatal. Stotz (1994) afirma que o Estado passa a ser visto como um sujeito diante do qual se situam outros sujeitos, estes despojados de suas encarnações sociais e de poder para produzir a política pública. Tem-se a impressão de que os principais atores estão nos gabinetes ministeriais, produzindo normas e portarias, e não mais nas forças vivas da sociedade, nas instituições e nos serviços, como ativos protagonistas políticos.…”
Section: A Entrada No Século Xxi: Concretizando a Atenção Psicossocialunclassified
“…Nesta perspectiva, conceitualmente apoiada na abordagem institucionalista, o Estado é considerado um ator, despo-jado das formas de dominação fundadas nas relações sociais de produção, diante do qual o sindicalismo, um outro ator, se apresentaria para participar na formulação da política pública de saúde (entre outras). A evolução institucional do Estado e a organização sindical dos trabalhadores não são consideradas em relação à totalidade e à especificidade da estrutura social capitalista no Brasil em seu desenvolvimento histórico concreto, mas referidos à produção das políticas sociais, no limite, comparadas a modelos de proteção social e de cidadania próprios do Welfare State 24 . Com base neste referencial, identificaram o processo de expansão do mercado de planos de saúde no País como decorrente das demandas sociais dos trabalhadores e de seus sindicatos que emergiram das negociações coletivas nos anos 80.…”
Section: Saúde Coletiva: Discutindo Algumas Teses Explicativasunclassified
“…Além disso, a formatação jurí-dico-institucional das instâncias oficiais de participação, tais como os conselhos de saúde, possibilitaria uma representação tendenciosa e manipulada, na medida em que os segmentos mais pobres e menos organizados da classe trabalhadora são alvos históricos da política clientelista 15 . De toda forma, o impulso individual à participação coletiva tem sido apontado como fator de reforço psicossocial, com efeitos benéficos na vida cotidiana 16 .…”
Section: Por Que a Abordagem Participativa?unclassified