Recebido para publicação em 10/06/85. Existem quatro crenças altamente difundidas em relação às doenças cardiovasculares: 1 -que são doenças próprias das pessoas mais ricas; 2 -que são doenças de países desenvolvidos; 3 -que são doenças não-redutíveis, isto é, são uma fatalidade ligada ao envelhecimento das pessoas;
São discutidas quatro crenças muito comuns em relação4 -que são doenças da urbanização.Esse conjunto de crenças leva não só a um imobilismo sanitário, como também tem levado a um outro conjunto de crenças causais, que vão desde o excesso de preocupação pelas responsabilidades dos ricos até o estresse do cotidiano urbano, passando pelo medo e tensão frente ao novo, ao desconhecido.Tal conjunto de crenças poderia ser facilmente testado, se as estatísticas dos países subdesenvolvidos não fossem tão falhas e se, nas áreas rurais e entre os grupos menos privilegiados das populações, não fossem os recursos médicos mais escassos. Aliás, esses são motivos que podem determinar os achados que parecem confirmar aquelas crenças. Por isso, esses dados devem ser submetidos a severas críticas.