Tomografia computadorizada da matriz óssea mineralizada heteróloga fragmentada e metilmetacrilato na reparação de falhas ósseas segmentares produzidas em tíbia de coelhos

Abstract

Foi realizada falha segmentar de 6mm na região metafisária medial da tíbia de 12 coelhos, seguida de preenchimento desta por matriz óssea mineralizada heteróloga fragmentada conservada em glicerina (98%) e metilmetacrilato autoclavado, bem como avaliação por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico (cone beam) aos 30, 60 e 90 dias. Houve incorporação gradativa do implante no leito receptor em relação ao tempo em 100% dos casos, o que mostra ser este biologicamente compatível, ao promover reparação da falha óssea, sem sinais de infecção, migração e/ou rejeição, caracterizando-se, assim, como nova opção de substituto ósseo para preenchimento de falhas ósseas.

Estudo comparativo da resistência mecânica da força de compressão entre biomateriais naturais, sintéticos e mistos

“…A melhor opção para se tratar as falhas ósseas recai sobre o uso de biomaterial autógeno, ou seja, auto-enxerto, já que acelera a cicatrização óssea. No entanto, há o inconveniente de aumentar a morbidade, a dor, os tempos cirúrgico e anestésico e de lesar estruturas normais, além de não fornecer volume suficiente para reparar grandes falhas ósseas (Friedlaender 1982, Freitas et al 2012.…”

“…Uma opção para a reparação das falhas ósseas seria o uso de biomateriais naturais, sintéticos ou mistos que apresentassem propriedades osteogênicas, osteoindutora e osteocondutora, que proporcionassem sustentação mecâni-ca, de fácil aquisição, baixo custo, que não necessitassem de material especializado para preservação, e que preenchessem completamente a falha óssea, eliminando problemas inerentes ao biomaterial autógeno (Sinibaldi 1989, Bauer & Muschler 2000, Alievi et al 2007, Freitas et al 2012, Fernandes et al 2014.…”

Tomographic imaging of fragmented cortical bone heteroimplant and methylmethacrylate in segmental bone defect of rabbit tibia

“…The alternative treatment for bone defects is the spongious autograft, which involves the removal of spongious bone tissue from the patient, biologically compatible and accelerates bone repair. Nevertheless, the inconvenience of this procedure is that occurs in two stages, increasing patient morbidity by damaging normal structures, the pain, and prolongs the anesthetic and surgical period, and did not provides enough bone volume to repair large bone defects 3,4 . .…”

“…. To prevent problems inherent to autograft, the current methods to treat fractures with large bone defects consist on biological or synthetic biomaterials, which are biocompatible and able to interact with the living system 4,5 . The bone tissue derived from the same species (aloimplats) or from different species (heteroimplants) are biological biomaterials that have been used with satisfactory results to repair bone defects 3,6,7 .…”

“…Moreover, promotes the bone growth by affixing the subjacent bone tissue in the presence of bone or undifferentiated mesenchymal cells, featuring the osteoconductive properties. In addition, they must be biocompatible, non-carcinogenic, nontoxic, non-antigenic and not stimulate inflammatory processes or favor the infection 4,8 .…”