Ácido fumárico e sua combinação com ácido lático ou propionato de cálcio em dietas de leitões recém-desmamados

Abstract

RESUMO Avaliou-se o efeito da adição dos ácidos fumárico, lático e propionato de cálcio ou suas combinações sobre o desempenho, pH estomacal, pH duodenal, morfologia e morfometria do intestino delgado de leitões desmamados aos 15 dias de idade. Foram utilizados 180 leitões, 90 machos castrados e 90 fêmeas, com média de peso inicial de 4,78±1,19kg, distribuídos em delineamento de blocos ao acaso. Utilizaram-se cinco tratamentos: T1-ração controle (RC); T2-RC + 0,5% de ácido fumárico; T3-RC + 0,5% de ácido fumárico + 1,0% de propionato de cálcio; T4-RC + 0,5% de ácido fumárico + 1,0% de ácido lático; T5-RC + 0,5% de ácido fumárico + 0,5% de propionato de cálcio + 0,5% de ácido lático, com seis repetições e seis animais por unidade experimental. Não houve influência (P>0,05) dos tratamentos sobre o ganho de peso diário (GPD), consumo de dieta diário (CRD) e conversão alimentar (CA). Quanto ao epitélio intestinal, não houve diferenças (P>0,05) entre tratamentos em relação à altura do epitélio do duodeno, jejuno e íleo. Não houve efeito dos tratamentos (P>0,05) sobre o pH do estômago e do jejuno. A inclusão do ácido fumárico não influenciou o desempenho dos leitões. Palavras chave: leitão, ácidos orgânicos, desempenho, intestino delgado ABSTRACT This assay was carried out to evaluate the effect of fumaric acid; latic acid and calcium propionate on the performance and morphological and morphometric characteristics of small intestine in weaning piglets. A total of 180 weaning piglets were used (90 males and 90 females) with 15 days of age and an initial weight of 4.78 1.1 kg, distributed in a completely randomized block designed with five treatments: T1-Control ration (CR); T2-CR + 0.5%fumaric acid; T3-CR + 0.5% fumaric acid + 1.0% calcium propionate; T4-CR + 0.5% fumaric acid +1.0% lactic acid; T5-CR + 0.5% fumaric acid + 0.5% calcium propionate + 0.5% lactic acid , six replicates of six animals. The performance, morphological and morphometric characteristics of small intestine were evaluated. Daily weight gain, daily feed intake, weight gain: feed intake ratio was not affected by treatments. Significant differences between treatments were not observed for intestinal epithelium height of duodenum, jejunum and ileum (P>0.05). No significant differences between treatments were observed (P<0.05) for the pH of stomach and jejunum. No effect of fumaric acid on piglets performance was observed.

From Acidifiers to Intestinal Health Enhancers: How Organic Acids Can Improve Growth Efficiency of Pigs

“…In a meta-analysis collecting data from 22 studies using individual organic acids at high doses (1% to 2%), stomach pH was lower in 55% of the cases, higher in 36% and equal in 9% of the cases for acidified diets compared to control [2]. More recently, no relevant effects on gastric pH were reported for different combinations of organic acids, mainly fumaric acid-based blends, MCFA, or mixtures of organic acids and MCFA fed to weaning pigs [38][39][40][41]. In a study conducted by Zentek and coworkers, a fumaric and lactic acid mixture did not have any effect, whereas a blend of caprylic and capric acid reduced pH in pylorus, but not in cardia and fundus of the stomach [42] These inconsistencies among different studies may be due to the fact that gastric contents are heterogeneous, and that there are different pH values in different stomach regions.…”

Complexo mineral e vitamínico em dietas para alevinos de tilápia-do-nilo

“…Este efeito pode estar relacionado com o aumento simultâneo do propionato de cálcio à medida que os níveis de suplementação de minerais e vitaminas foram superiores. Por sua vez, o propionato de cálcio tem ação prebiótica, podendo aumentar a digestibilidade dos nutrientes da dieta, potencializando ação das vitaminas e minerais e melhorando as características morfológicas intestinais (goMeS et al, 2011;SiLva et al, 2013). Os resultados poderiam ter sido melhores se a temperatura do meio que permaneceu em 23,13ºC fosse superior, pois estudos demonstram que para o crescimento ótimo da espécie nessa fase de vida a temperatura deve estar na faixa de 27ºC para que se obtenha maior desempenho produtivo.…”

Uso de acidificantes em dietas para leitões em desmame e creche

“…A liberação de H+ acidifica o meio o que ajuda a diminuir a volatização da amônia no ambiente e a inibição de bactérias de origem vesical e vaginal, fato confirmado por estudos de Mroz et al (2000); Torrallardona et al (2007); Bühler et al (2010). Porém quantoàs alterações no pH intestinal, grande parte dos estudos anteriormente apresentados na tabela, não indicaram mudanças significativas (Canibe et al, 2001;Kil et al, 2006;Kluge et al, 2006;Biagi et al, 2007;Halas et al, 2009;Morais, 2009;Tonel, 2009;Costa et al, 2011;Gomes et al, 2011).…”

“…Idade, dias (inicial-final) pH Morfologia intestinal até mesmo pelo desafio sanitário encontrado (Gomes et al, 2007;Chiquieri et al, 2009;Gomes et al, 2011). É importante considerar que alguns acidificantes podem contribuir de forma indireta no crescimento tecidual e controle bacteriano, como é o caso do ácido fumárico que atua como fonte energética prontamente disponível, podendo exercer efeito trófico sobre a mucosa do intestino delgado (Braz, 2007).…”

“…As associações de ácido fumárico (1,0%) com outros ácidos (0,5% de ácido fórmico e 0,1% de ácido butírico) diminui o ganho de peso dos leitões no período de 15 a 36 dias de idade, embora o uso isolado do ácido fumárico (0,5%) para leitões recém-desmamados tenha melhorado o desempenho dos animais nas duas primeiras semanas pós-desmame (Gomes et al, 2007). Em outro estudo, a utilização de ácido fumárico combinada com ácido lático e propionato de cálcio não obteve melhora no desempenho de leitões desmamados aos 15 dias de idade (Gomes et al, 2011). Para Miguel et al (2011) e Braz (2007) a suplementação a 1,0% a 3,0% do ácido fumárico na dieta afetou o consumo de ração e o ganho de peso, não alterando valores de digestibilidade aparente da proteína e matéria seca.…”