“…Trata-se de grupos de jovens, normalmente mexicanos, que vivem em bandos nas cidades do Sul dos Estados Unidos e que se distinguem e chamam atenção pelo tipo de vestimenta que usam e, também, pela forma como falam e se comportam socialmente. O pachuco se caracteriza pela sua ambiguidade, quer se distinguir do "outro" -a sociedade que não o assimila -, ao mesmo tempo em que não sabe o que se é e nem pretende voltar às suas origens, é a imagem extrema da mexicanidade (Rezende, 2000;Paz, 2014). O pachuco invoca a imagem da condição diaspórica, na qual o confronto com o "outro" é interpelado pelo saber-se 11 É explicativa a passagem do texto em que Octavio Paz analisa a relação entre a vida e a morte para discorrer sobre o advento do catolicismo no México, e como a ideia de sacrifício e salvação sai da dimensão coletiva e impessoal -tal como era concebida pelos astecas -para tornar-se pessoal: "Essas duas atitudes, por mais opostas que pareçam, têm um ponto comum -a vida, coletiva ou individual, está aberta para à perspectiva de uma morte que, à sua maneira, é uma nova vida.…”