2009
DOI: 10.1590/s0101-90742009000100022
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

"Delas é o Reino dos Céus": mídia evangélica infantil e o supermercado cultural religioso no Brasil (Anos 1950 A 2000)

Abstract: Apresentamos uma História Cultural da mídia evangélica infantil produzida no Brasil entre os anos 1950 e 2000. Defendemos que o uso da mídia foi um importante fator para a constituição de uma cultura evangélica brasileira, voltada para o consumo individual e questões do cotidiano. A mídia para o público infantil fomentou intensa circulação de produtos culturais evangélicos, permitindo a construção de uma religiosidade transdenominacional. Analisamos produtos de mídia evangélica brasileira, como a revista adven… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1

Citation Types

0
0
0
4

Year Published

2017
2017
2023
2023

Publication Types

Select...
4

Relationship

1
3

Authors

Journals

citations
Cited by 4 publications
(4 citation statements)
references
References 2 publications
(2 reference statements)
0
0
0
4
Order By: Relevance
“…Do mesmo modo, englobar evangélicos brasileiros em conceitos como "cultura gospel" (Cunha 2007) ou "cultura evangélica contemporânea" 19 (Bellotti 2010) e homogeneizar as práticas pentecostais -o que vimos em trabalhos tanto sobre evangélicos como sobre católicos -contribui para essencializar as práticas religiosas, ajudando a criar as fronteiras que definem os "pentecostais" ou os "evangélicos", visão com as quais os agentes que se reconhecem nesses grupos precisarão dialogar para construir sua atuação no mundo. No entanto, o foco nos subgêneros musicais e não na construção homogênea de uma música gospel pode mostrar que a ideia de unidade entre os cristãos também é contestada e que diferentes concepções sobre o sagrado, o religioso, o cristianismo e o papel da religião no espaço público são acionadas nas vivências religiosas através da música.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
See 2 more Smart Citations
“…Do mesmo modo, englobar evangélicos brasileiros em conceitos como "cultura gospel" (Cunha 2007) ou "cultura evangélica contemporânea" 19 (Bellotti 2010) e homogeneizar as práticas pentecostais -o que vimos em trabalhos tanto sobre evangélicos como sobre católicos -contribui para essencializar as práticas religiosas, ajudando a criar as fronteiras que definem os "pentecostais" ou os "evangélicos", visão com as quais os agentes que se reconhecem nesses grupos precisarão dialogar para construir sua atuação no mundo. No entanto, o foco nos subgêneros musicais e não na construção homogênea de uma música gospel pode mostrar que a ideia de unidade entre os cristãos também é contestada e que diferentes concepções sobre o sagrado, o religioso, o cristianismo e o papel da religião no espaço público são acionadas nas vivências religiosas através da música.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…A visibilidade que a música gospel brasileira adquiriu na indústria ampla da música a partir da primeira década do século XXI se refletiu no meio acadêmico, a ponto de Magali do Nascimento Cunha (2007) usar a expressão "explosão gospel" para descrever o fenômeno social. Neste mesmo período, houve uma intensificação da produção acadêmica brasileira sobre os produtos culturais e midiáticos cristãos, tendência que nos Estados Unidos já se configurava pelo menos desde a década de 1950 (Bellotti 2010). O objetivo deste artigo é, justamente, fazer uma revisão bibliográfica de estudos sobre a música gospel realizados no país, buscando identificar em que áreas do conhecimento estão inseridos, quando surgiu o interesse sobre esse segmento musical e quais são as principais temáticas e abordagens a partir das quais esse objeto é analisado.…”
unclassified
See 1 more Smart Citation
“…O incremento nas imagens coincide com a popularização de publicações seculares com fotojornalismo, como a revista O Cruzeiro (ALI, 2009). Da mesma forma, a revista infantil Nosso Amiguinho, iniciada em 1953, possuía elementos de composição editorial semelhante à de outras publicações infantis populares no Brasil, como a revista O Tico-Tico (ROSA, 2002), acrescido de conteúdo moral e cristão de autoria adventista (BELLOTTI, 2010). Essa é uma característica marcante das revistas adventistas para público não adventista -sua proximidade estética com formatos populares do momento em que são produzidas, com recursos visuais atrativos e sem proselitismo aparente.…”
unclassified