Caracterização individual do veneno de Bothrops alternatus Duméril, Bibron & Duméril em função da distribuição geográfica no Brasil (Serpentes,Viperidae)

Abstract

Bothrops alternatus Duméril, Bibron & Duméril, 1854 é uma serpente de importância em saúde pública, com ampla distribuição geográfica, desde o Mato Grosso do Sul até o sudeste do Brasil, chegando até a Argentina e Uruguai, ocupando vários domínios morfoclimáticos. Neste trabalho investigou-se a variação do veneno de adultos de Bothrops alternatus, em função de sua distribuição geográfica no Brasil, comparativamente ao veneno elaborado sob a forma de "pool" desta espécie (veneno referência), que inclui serpentes, em sua maioria, da região do estado de São Paulo. Foram analisadas as atividades letal, coagulante sobre o plasma, proteolítica sobre a caseína e miotóxica, bem como os padrões eletroforéticos de 61 amostras individuais de veneno contrapostas ao "pool". Os resultados mostraram que o veneno de B. alternatus é pouco ativo, comparativamente ao de outros Bothrops Wagler, 1824. A variação individual prevaleceu, não apresentando correlação com as áreas de distribuição geográfica e domínios morfoclimáticos, porém a atividade coagulante das amostras de veneno provenientes do nordeste da distribuição geográfica apresentaram-se menos ativas comparativamente às da porção central da distribuição. Os venenos provenientes das bordas da distribuição apresentaram ações proteolíticas e miotóxicas mais intensas, que estatisticamente não foram significativamente diferentes. As variações individuais prevaleceram.

The renal effects and initial characterization of venom from Philodryas nattereri Steindachner, 1870

“…These results may strengthen the hypotheses of close similarity regarding the actions and activities of venom from the families Viperidae and Dipsadidae and may corroborate the eletrophoretic analysis performed by Rocha and Furtado [26] .…”

Identification of hyaluronidase and phospholipase B in Lachesis muta rhombeata venom

“…Some of these components disrupt vital physiological processes of preys (Ciscotto et al, 2011; Sanz et al, 2008; Tucker and Miletich, 2010) or act as defence against predators (Ciscotto et al, 2011; Kardong, 1982; Tucker and Miletich, 2010). Venom composition reflects not only evolutionary differentiation of phylogenetic lineages (Escoubas et al, 2008; Gutiérrez, 2011), but also distinct developmental stages, dietary behaviour and habitat variation (Ciscotto et al, 2011; Da Rocha and Furtado, 2005; Madrigal et al, 2012). As an example, adults L. stenophrys present higher abundance of snake venom metalloproteinases (SVMPs) and Gal-lectin than juvenile specimens, whereas serine proteinases and vasoactive peptides are lower in adult specimens than in juvenile ones (Madrigal et al, 2012).…”

Estudo comparativo de efeitos inflamatórios locais induzidos por peçonhas botrópicas

“…This variability and complexity of venoms may be due to ontogenetic and geographic variations and has implications for the treatment of snakebites (Furtado, 1987;Chippaux, et al, 1991;Ohno, et al, 1998;Da Rocha, et al, 2005;. Herein, we observe that the local changes induced by the venom of both Eicosanoids are important vasoactive mediators and chemotactics derived from arachidonic acid.…”