2012
DOI: 10.1590/s0101-73302012000300015
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O que há de novo nas disputas curriculares?

Abstract: A concepção de currículo como campo de disputa não é nova, pois veio à tona, internacionalmente, nos anos de 1970 e, no Brasil, nos anos de 1980. Revelou-se, desde então, um importante balizador para a análise das relações de poder que envolvem os currículos. O próprio professor Miguel Arroyo contribuiu fortemente para o debate dessa época.Se o referido tema não é novo, qual é o acréscimo que traz o último livro de Arroyo, Currículo, território em disputa? O autor destaca que o currículo não é apenas territóri… Show more

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“…Os professores e alunos não se pensam apenas como ensinantes e aprendizes dos conhecimentos dos currículos, mas exigem ser reconhecidos como sujeitos de experiências sociais e de saberes que requerem ter vez no território dos currículos. (FAVACHO, 2012) Moreira e Candau ( 2007) trazem à discussão o quanto os conhecimentos escolares, ao passar por um processo de "descontextualização", se distanciam dos conflitos e interesse de seus processos de produção, perdendo suas conexões com o mundo social em que são construídos. Isso seria nocivo ao processo educativo pois os conhecimentos, quando "totalmente descontextualizados, não permitem que se evidencie como os saberes e as práticas envolvem, necessariamente, questões de identidade social, interesses, relações de poder e conflitos interpessoais" (MOREIRA e CANDAU, 2007, p. 24), dos quais inegavelmente sofrem os efeitos: a "hierarquia" que se encontra no currículo, com base na qual se valorizam diferentemente os conhecimentos escolares e se "justifica" a prioridade concedida à matemática em detrimento da língua estrangeira ou da geografia, deriva, certamente, de relações de poder.…”
Section: Estudos Culturais E Educação: Aproximações Possíveis No Campo Do Currículounclassified
“…Os professores e alunos não se pensam apenas como ensinantes e aprendizes dos conhecimentos dos currículos, mas exigem ser reconhecidos como sujeitos de experiências sociais e de saberes que requerem ter vez no território dos currículos. (FAVACHO, 2012) Moreira e Candau ( 2007) trazem à discussão o quanto os conhecimentos escolares, ao passar por um processo de "descontextualização", se distanciam dos conflitos e interesse de seus processos de produção, perdendo suas conexões com o mundo social em que são construídos. Isso seria nocivo ao processo educativo pois os conhecimentos, quando "totalmente descontextualizados, não permitem que se evidencie como os saberes e as práticas envolvem, necessariamente, questões de identidade social, interesses, relações de poder e conflitos interpessoais" (MOREIRA e CANDAU, 2007, p. 24), dos quais inegavelmente sofrem os efeitos: a "hierarquia" que se encontra no currículo, com base na qual se valorizam diferentemente os conhecimentos escolares e se "justifica" a prioridade concedida à matemática em detrimento da língua estrangeira ou da geografia, deriva, certamente, de relações de poder.…”
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