2012
DOI: 10.1590/s0101-73302012000200005
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A década de progresso educativo perdida sob a NCLB: que lições tirar desse fracasso político?

Abstract: RESUMO: Dez anos se passaram desde que o presidente George W. Bush assinou a lei No Child LeĞ Behind (NCLB). Uma revisão de uma década de evidências demonstra que a NCLB falhou tanto em termos de seus próprios objetivos como de forma mais ampla. Na verdade, por causa de sua dependência equivocada dos testes padronizados e sanções para as escolas, tem prejudicado muito os esforços pela reforma da educação. Muitas escolas, particularmente aquelas servindo alunos de baixa renda, se tornaram pouco mais que program… Show more

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“…(CENTRO DE DEBATE DE POLÍTICAS PÚBLICAS, 2014) Da falta de evidência ao debate ideológico: questionando a matriz formativa Na primeira fase do debate com os reformadores empresariais, foi necessário trazer à tona em vários momentos a falta de evidência empírica que fragiliza as propostas de política pública feitas por esta tendência educacional 22 (FREITAS, 2012), bem como as inadequações éticas de aplicá-las a redes inteiras sem o suporte de tal evidência, aliada à ampla literatura que atesta seus efeitos colaterais deletérios. (RAVITCH, 2013a;FREITAS, 2013;2013b;GUISBOND;NELL;SCHAEFFER, 2012;ROTHSTEIN, 2008;NICHOLS;BERLINER, 2007) O acirramento do debate sobre os objetivos de ensino na forma de uma "base nacional comum" ou na forma de "direitos de aprendizagem", como gostam de pautar os reformadores, nos leva a trazer para a cena novos níveis de análise, pois o debate da base nacional comum é um debate, para ambos os lados, ideológico -ou seja, cujos posicionamentos dependem da visão de mundo que cada um dos lados em disputa tem sobre o papel formativo da escola. Esta postura ideológica materializa-se na concepção de educação e na matriz formativa que fundamentam as proposituras e que precisam ser tornadas públicas, para elevar o nível do próprio debate e evitar a sua redução a uma lista de objetivos e conteúdos padronizados.…”
Section: (Nichols; Berliner 2007)unclassified
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“…(CENTRO DE DEBATE DE POLÍTICAS PÚBLICAS, 2014) Da falta de evidência ao debate ideológico: questionando a matriz formativa Na primeira fase do debate com os reformadores empresariais, foi necessário trazer à tona em vários momentos a falta de evidência empírica que fragiliza as propostas de política pública feitas por esta tendência educacional 22 (FREITAS, 2012), bem como as inadequações éticas de aplicá-las a redes inteiras sem o suporte de tal evidência, aliada à ampla literatura que atesta seus efeitos colaterais deletérios. (RAVITCH, 2013a;FREITAS, 2013;2013b;GUISBOND;NELL;SCHAEFFER, 2012;ROTHSTEIN, 2008;NICHOLS;BERLINER, 2007) O acirramento do debate sobre os objetivos de ensino na forma de uma "base nacional comum" ou na forma de "direitos de aprendizagem", como gostam de pautar os reformadores, nos leva a trazer para a cena novos níveis de análise, pois o debate da base nacional comum é um debate, para ambos os lados, ideológico -ou seja, cujos posicionamentos dependem da visão de mundo que cada um dos lados em disputa tem sobre o papel formativo da escola. Esta postura ideológica materializa-se na concepção de educação e na matriz formativa que fundamentam as proposituras e que precisam ser tornadas públicas, para elevar o nível do próprio debate e evitar a sua redução a uma lista de objetivos e conteúdos padronizados.…”
Section: (Nichols; Berliner 2007)unclassified
“…(RAVITCH, 2011a) Do ponto de vista do fortalecimento da educação pública, do desenvolvimento de uma matriz formativa ampliada que valorize a formação humana em todas as suas dimensões, fortaleça o trabalho coletivo, a solidariedade e a auto-organização dos estudantes, abrindo possibilidade para o desenvolvimento de novas formas de organização do trabalho pedagógico, a proposta dos reformadores empresariais nos conduzirá a mais uma década perdida. (GUISBOND; NELL; SCHAEFFER, 2012;ROTHSTEIN, 2008;HAGOPIAN, 2014) Notas 1. Os antecedentes desta situação incluem o impacto da reestruturação produtiva que redesenhou o trabalho nas organizações sob o comando das tecnologias de informação e comunicação, modelando novos padrões de acumulação de riqueza e novas exigências para a força de trabalho (POCHMANN, 2013;ANTUNES, 2004) e estão fora do alcance deste ensaio.…”
Section: (Nichols; Berliner 2007)unclassified
“…A realidade fora das palavras dos normativos que regulam a escola e o currículo é totalmente diferente. Com efeito, como já referimos, instala-se nas escolas a pressão junto dos professores no sentido de prepararem os alunos para os testes padronizados (GUISBOND, NEILL & SCHAEFFER, 2012), em disciplinas que se tornam definidoras de um core curriculum (caso do Português e da Matemática), reconhecendo-se-lhes uma limitada autonomia pedagógica em termos de avaliação. No caso concreto português, os resultados dos alunos na avaliação sumativa externa (exames nacionais) tornam-se em dados estatísticos para a elaboração de seriações pela mídia, sendo o tempo da sua divulgação um momento de glorificação da escola privada e de desvalorização da escola pública, como se as duas escolas tivessem os mesmos públicos escolares e a mesma realidade socioeconómica.…”
Section: Formas De Governação Do Currículounclassified
“…A intensa pressão gerada pelas demandas da responsabilização leva educadores, diretores, instituições e/ou redes de ensino a aumentarem os resultados educacionais através de estratégias que nada têm a ver com melhor aprendizagem (RAVITCH, 2011;GUISBOND et al, 2012). Uma das estratégias consiste em reduzir o processo pedagógico à "preparação do aluno para o teste" na tentativa de alcançar as metas previamente estabelecidas.…”
Section: )unclassified