“…(CENTRO DE DEBATE DE POLÍTICAS PÚBLICAS, 2014) Da falta de evidência ao debate ideológico: questionando a matriz formativa Na primeira fase do debate com os reformadores empresariais, foi necessário trazer à tona em vários momentos a falta de evidência empírica que fragiliza as propostas de política pública feitas por esta tendência educacional 22 (FREITAS, 2012), bem como as inadequações éticas de aplicá-las a redes inteiras sem o suporte de tal evidência, aliada à ampla literatura que atesta seus efeitos colaterais deletérios. (RAVITCH, 2013a;FREITAS, 2013;2013b;GUISBOND;NELL;SCHAEFFER, 2012;ROTHSTEIN, 2008;NICHOLS;BERLINER, 2007) O acirramento do debate sobre os objetivos de ensino na forma de uma "base nacional comum" ou na forma de "direitos de aprendizagem", como gostam de pautar os reformadores, nos leva a trazer para a cena novos níveis de análise, pois o debate da base nacional comum é um debate, para ambos os lados, ideológico -ou seja, cujos posicionamentos dependem da visão de mundo que cada um dos lados em disputa tem sobre o papel formativo da escola. Esta postura ideológica materializa-se na concepção de educação e na matriz formativa que fundamentam as proposituras e que precisam ser tornadas públicas, para elevar o nível do próprio debate e evitar a sua redução a uma lista de objetivos e conteúdos padronizados.…”