“…O sétimo grupo de recomendações, em parte já discutidas no subtópico anterior, aborda os métodos e procedimentos de pesquisa no que eles se relacionam com a ética. Os principais aspectos aqui agrupados são: a busca por formas de pesquisar que permitam a efetiva escuta das crianças (CASTRO, 2008; FERREIRA, 2008; SÓLON; COSTA; ROSSETTI-FERREIRA, 2008; CARVALHO; MÜLLER, 2010, entre outros); a flexibilidade do pesquisador em relação aos procedimentos planejados, de forma a respeitar o tempo e o interesse das crianças envolvidas (SÓLON; COSTA;ROSSETTI-FERREIRA, 2008;SIGAUD et al, 2009); a priorização de metodologias participativas, por permitirem relações mais horizontais entre os atores e maior riqueza nas informações(TOMÁS, 2008;ALDERSON, 2005;MÜLLER, 2005a;2005b;FERREIRA, 2008;MÜLLER, 2010;CRUZ, 2010); o planejamento cuidadoso do tempo (CARVALHO; MÜLLER, 2010; KOSMINSKY, 2010), já que o tempo do adulto pode ser diferente do tempo da criança; a atenção ao posicionamento físico do pesquisador, de forma a estabelecer contato na mesma altura dos olhos das crianças (LEITE, 2008; CARVALHO; MÜLLER, 2010); a adequação da linguagem de forma a possibilitar melhor comunicação com as crianças (LEITE, 2008; LISBOA; HABIGZANG; KOLLER, 2008; CARVALHO; MÜLLER, 2010); a consideração das experiências prévias das crianças como ponto de partida para o seu envolvimento na pesquisa (ALDERSON, 2005; CAMPOS, 2008; CARVALHO; MÜLLER, 2010);…”