Resumo: Este trabalho tem como objetivo discutir parte de uma formação continuada de professores que ocorreu em ambiente presencial e virtual. A pesquisa faz parte do projeto intitulado «Formação Tecnológica Continuada de Professores Indígenas e não indígenas em Comunidade Virtual e Multicultural: interconectividade e colaboração», subsidiada pelo CNPq e FUNDECT e que se desenvolveu durante cinco anos. A pesquisa contou com pesquisadores membros do Grupo de Pesquisa e Estudos em Tecnologia Educacional e Educação a Distância (GETED) pertencentes à Universidade Católica Dom Bosco e com professores da escola indígena situada na Aldeia Bananal. Neste recorte, centramos nos olhares dos professores indígenas sobre a inserção das tecnologias digitais e redes sociais na educação e na prática pedagógica. Adotouse uma abordagem de pesquisa qualitativa de cunho etnográfico virtual, utilizamos anotações de campo que foram organizadas coletivamente por meio de trocas virtuais, postagens na rede social Facebook, registros no google docs e momentos de observação participante em reuniões e encontros presenciais. Os professores indígenas apontam que os enriquecidos diálogos proporcionados pelas redes sociais têm oferecido um processo permanente de construção do conhecimento, de debate, de partilha de experiências, de reflexão, abrindo espaços para a transformação de realidades, práticas, conceitos e crenças e nos levam a refletir que conforme as circunstâncias cotidianas em que vivem e trabalham, vão nos mostrando que, criativamente, eles vão inventando, combinando e aprendendo usos diversos com a rede social (Facebook), a tecnologia (livro) e o equipamento tecnológicos (notebook), se engendram, em meio às práticas
Rosimeire Martins Régis dos Santos / Maria Cristina Lima Paniago Olhares dos professores indígenas sobre a inserção das tecnologias digitais e redes sociais na educação e na prática pedagógicaEdiciones Universidad de Salamanca / cc by-nc-nd [324] Interculturalidad, inclusión y equidad en educaciónation, pp. 323-332 cotidianas na interação com o outro, no compartilhar, na pesquisa e por fim, deixam as marcas dos praticantes da escola.Palavras-chave: professores indígenas; redes sociais; tecnologias digitais; etnografía virtual.