“…As mudanças nas instituições tradicionais da socialização, aqui entendida em seu uso mais corrente, ou seja, instâncias responsáveis pelo processo gradual de internalização de comportamentos sociais reativos (HONNETH, 2013;PETITAT, 2011), fortalecem a ideia de que "a ênfase na autonomia, individuação e reflexividade do sujeito supõe 'algo' de permanente num sujeito que é plural e cuja identidade nunca é fixa" (LIMA;FAZZI, 2018, p. 264) . A diversidade de contextos socializadores para além dos muros escolares, tais como as mídias, suas expressões musicais e de entretenimento (DAYRELL, 2002;FONTENELLE, 2002) ou tecnológicas (PRAZERES, 2015;TEDESCO, 2002), anuncia a necessidade de se repensar a escola, hoje incapaz de imprimir nos indivíduos valores éticos e morais que associem necessidades individuais e coletivas, uma instituição provida de trunfos socializadores reconhecidos até então como legítimos, os quais a considera como autoridade e como promotora da igualdade social (BARRERE;MARTUCCELLI, 2001;CHAVES, 2015).…”