Este estudo discute os rumos da reforma da educação superior desencadeada pelo governo Lula sob a ótica da autonomia e do financiamento, além de apresentar as propostas para a educação superior presentes no programa de governo Uma Escola do Tamanho do Brasil discutidas durante a campanha eleitoral de 2001. São apresentadas alertas e preocupações em relação a diversos pontos presentes nas duas versões já divulgadas e conclui que parece existir um processo histórico que não quer implementar uma verdadeira autonomia para as universidades federais brasileiras, já que as normatizações tratam de relativizá-la, deixando obscuras as condições para o financiamento.Palavras-chave: autonomia; financiamento; educação superior.
INTRODUÇÃOA origem das instituições federais de ensino superior (Ifes) e, em conseqüência, as discussões sobre o financiamento das suas atividades estão na Universidade do Rio de Janeiro, criada em 1920, transformada na Universidade do Brasil, em 5 de julho de 1937, e na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a partir de 1965. A Universidade do Brasil era "entendida como o grande projeto universitário do Governo, a partir de 1931, e implantada, em 1937, como modelo para as demais instituições de ensino superior do País" (FÁVERO, 2000a, p. 12).